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Cidades

Fetems reclama do fechamento de salas na escola pública

Redação | 06/02/2009 12:34

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) reclama do fechamento de salas de escolas estaduais. Para tentar reverter o quadro, a entidade solicitou à Secretaria de Educação uma audiência urgente para discutir o assunto. Unida a 69 sindicatos, a Fetems representa 22 mil trabalhadores.

Segundo a Fetems, a medida afeta pais, alunos, funcionários de escolas e professores e, portanto, deveria ser precedida por um amplo debate, entre técnicos do governo, sindicato, comunidade escolar e o Colegiado Escolar. Para a entidade, o argumento do governo, de que os cofres públicos serão desonerados, não se sustenta, principalmente porque a lei determina investimento de 25% na área de educação.

Conforme a Fetems, em Nova Andradina, município distante 347 quilômetros de Campo Grande, o fechamento do período vespertino da escola Estadual Austrilio Capilé Castro é um exemplo do "descaso do governo". De acordo com o presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), Edson Granato, pais de alunos com necessidades especiais, que moram perto da escola, terão de se deslocar para unidades escolares localizadas em outros bairros.

Já em Aquidauna, cidade a 148 quilômetros da Capital, duas escolas estaduais foram fechadas a São José do Morrinho, que atende parte da zona rural e a Antônio Correia, na área central. Para o presidente do Simted, Francisco Tavares da Câmara, a situação dos alunos da área rural é a mais difícil. "A escola é essencial para a os alunos da zona rural que agora terão que se deslocar muito mais para poder estudar", avalia.

Em Três Lagoas, município distante 326 quilômetros de Campo Grande, todas as salas de aula do período noturno da Escola Afonso Pena, localizada no Centro da cidade, foram fechadas. O vice-presidente do sindicato da cidade, professor Petrônio Alves Correia Filho, lamenta o fato de algumas salas terem fechado com número relativamente alto de alunos. "Temos informações de que algumas salas tinham 22, 24 matriculados e mesmo assim foram fechadas e os alunos remanejados", diz.

Ainda de acordo com o professor, na escola João Ponce, mais salas foram fechadas no noturno. Ele chama atenção para o caso de uma sala com espaço físico para comportar somente 18 alunos, mas que foi fechada mesmo com a justificativa da diretora da escola encaminhada a Secretaria Estadual de Educação. A decisão foi meramente técnica, o mínimo exigido pela secretaria de educação é que a sala tenha 25 alunos matriculados.

Em Campo Grande, a Escola Estadual Hércules Maymone, tem vagas de sobra e alguns alunos não conseguem ser matriculados. Para avisar aos pais que o colégio ainda tem condição de receber alunos, foram feitos cartazes e faixas, para ser colocados na frente do prédio. O governo anunciou ontem que existem 710 vagas disponíveis na escola e que talvez o problema seja o horário disponível, que é o vespertino.

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