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Cidades

Funasa não consegue médico por R$ 9,5 mil para Tacuru

Redação | 08/07/2009 13:54

Com um salário de R$ 9,5 mil, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) não consegue contrarar um médico para trabalhar nas aldeias de Tacuru, município distante 424 quilômetros de Campo Grande.

A vaga está aberta há quase dois anos e índios guarani protestaram hoje pela solução imediata para a falta de assistência médica.

Amanhã haverá uma reunião em Tacuru, entre representantes da Funasa e lideranças das aldeias Sassoró e Jaguapiré, para discutir alternativas para a comunidade.

Enquanto o profissional não é contratado, um dos médicos das equipes multidisciplinares de saúde que atende as aldeias de Dourados será deslocado em caráter emergencial para prestar atendimento em Tacuru.

Hoje de manhã, um grupo de 100 índios inicou manifestação em frente ao pólo da Funasa de Tacuru para cobrar médicos e remédios.

O município tem 480 famílias, cerca de 3 mil pessoas, entre as aldeias Sassoró e Jaguapiré.

Há dois anos a comunidade pede médico fixo no pólo, sem ser atendida, afirma o capitão da Sassoró, Ancino Castelão.

Segundo ele, quando há médico no pólo, a demanda é muito grande e não dá para atender todos.

"A última vez que veio médico foi no ano passado", afirma. Segundo ele, há muitas pessoas doentes, inclusive crianças.

Diante da manifestação dos índios, o pólo da Funasa em Tacuru ficou fechado nesta manhã.

Tacuru já teve um dos maiores índices de desnutrição infantil no Brasil entre 1994 e 1998, número alto justamente por conta das aldeias.

O coordenador Regional da Funasa de Mato Grosso do Sul, Flávio da Costa Britto Neto, alega que há grande dificuldade para encontrar profissionais interessados em se dedicar exclusivamente ao atendimento de comunidades indígenas no interior do Estado, como é o caso de Tacuru.

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