Funcionários deixam frigorífico sem avanços e frustrados
Um grupo de cerca de 60 funcionários do frigorífico Campo Oeste arrebentou os portões da fábrica na manhã desta terça-feira, em protesto contra um possível calote e, sem conseguir encontrar um responsável pela administração, todos saíram frustrados e ainda mais preocupados. Há 10 dias a direção do frigorífico deu férias coletivas a todos e suspendeu os abates.
Desde então não pagou mais os pecuaristas que entregaram os animais e acumula dívida de cerca de R$ 12 milhões, segundo apurou a Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul).
Após arrebentarem os portões do frigorífico e desarmarem um dos segurança, os funcionários se deram conta de que não havia ninguém que poderia os receber para negociar.
No meio da confusão, o faqueiro que trabalha na matança, Aldemir Raimundo da Cruz, de 39 anos, que desarmou o segurança, acabou com a mão ferida. A Cigcoe foi acionada, mas ninguém foi preso. Será verificado se o segurança tem licença para uso da arma.
Frustrados, os trabalhadores seguiram para o Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande.
A presidente do sindicato, Gilberta Gimenez Gregório, afirma que a intenção é que os trabalhadores assinem procurações para que a entidade agilize pelo menos a liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o seguro-desemprego. A rescisão será tentada por vias judiciais, já que os responsáveis pela planta estão incomunicáveis.
Indignação