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Cidades

Greve complica situação de quem precisa sacar FGTS

Redação | 16/10/2009 11:02

Trabalhadores que precisam sacar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ou receber o seguro-desemprego são prejudicados com a greve dos bancários deflagrada no dia 24 de setembro e que, no caso da Caixa Econômica Federal, ainda não retornaram ao trabalho.

Considerando a média diária de requerimentos de seguro-desemprego em Mato Grosso do Sul, no período de greve pelo menos 7 mil trabalhadores tiveram que retirar os benefícios.

Muitos não têm o Cartão Cidadão, através do qual é possível sacar nos terminais de auto-atendimento. Além disso, o cartão tem limite de saque de R$ 1 mil nos terminais ou lotéricas.

Só entre os comerciários, são 30 que diariamente fazem rescisões no SEC (Sindicato dos Empregados do Comércio) e que têm direito aos benefícios, segundo o vice-presidente da entidade, Nelson Benites. "Estamos pedindo que eles tenham paciência porque só a Caixa pode fazer estes pagamentos", diz.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Campo Grande e Região, Rinaldo Salomão, foi à agência central, da rua 13 de maio, para tentar resolver pendências de trabalhadores desligados das indústrias.

"Temos uma rotatividade no setor de 2,6 mil trabalhadores por mês e o valor para saque com o cartão é limitado. Está muito complicado", reclama.

Na agência da Caixa na avenida Zahran havia poucas pessoas na manhã desta sexta-feira. O comerciante Francisco Lacerda, de 38 anos, reclamou do movimento grevista: "Todos devem ter um salário digno, mas a população não deve ser prejudicada por causa disso. Pelo menos uma agência precisava estar funcionando. Prejudica todo mundo, principalmente quem precisa receber FGTS", exemplificou.

A enfermeira Caroline Ossuna Felim, 30 anos, disse que foi à agência porque o gerente a chamou para assinar autorização de débito das prestações da casa em sua conta corrente. Ela reclamou que precisou fazer depósito, mas foi barrada pelo limite de R$ 500,00 nas lotéricas.

O Tribunal Superior do Trabalho deve decidir ainda hoje se considera a greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal abusiva. Segundo notícia veiculada pelo jornal Zero Hora, ontem à noite, a Caixa entrou com ação de dissídio coletivo, com pedido de liminar. A expectativa do banco é que a greve seja declarada abusiva e que o TST determine o retorno imediato dos empregados ao trabalho. (Colaborou a jornalista Aline Canassa)

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