Greve suspende borrifação contra dengue, diz sindicato
A paralisação dos agentes que atuam na Saúde Pública em Campo Grande suspendeu a borrifação de inseticida contra a dengue e as visitas domiciliares em busca de focos do Aedes Aegypti.
A informação é dos representantes da categoria, que se concentram nesta manhã no Paço Municipal, em Campo Grande, na tentativa de conseguir uma audiência com o prefeito Nelson Trad Filho, que percorre a periferia nesta terça para entrega de kits escolares.
Cerca de cem agentes, todos uniformizados, estão nas escadarias do Paço. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública de Campo Grande, Amado Cheikh, disse que os trabalhadores ficarão no local até serem recebidos pelo prefeito, Nelsinho Trad (PMDB), e que encerram a paralisação caso ele retome as discussões com a categoria sobre a reivindicação de reajuste salarial.
Ontem, o prefeito disse que vai determinar o corte de ponto dos agentes que fizerem greve e determinar a demissão dos que estiverem em estágio probatório, período em que o servidor público ainda não é efetivo.
Hoje, o advogado do sindicato dos agentes, Wilson Prado, disse que a greve não pode motivar demissão, mesmo para quem ainda não é efetivo.
Os agentes cobram reposição de perdas salarias, que ultrapassam 60%, segundo o sindicado. A categoria reúne 4 mil servidores em Campo Grande, dos quais pelo menos 2,5 mil devem parar o trabalho na terça-feira.
Eles prometeram manter o efetivo mínimo de 30%, exigido por lei, e negam que tenham aproveitado a situação de epidemia de dengue na cidade para fazer a paralisação. Segundo eles, em janeiro foi feita uma paralisação de um dia e meio, e após o pedido do prefeito, retomaram o trabalho, com a promessa de negociar.
De lá pra cá, alegam, foram canceladas 3 audiências com o prefeito e na última teriam sido expulsos do gabinete.