ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Igreja Católica lança “Campanha da Fraternidade” 2011

Ítalo Milhomem | 13/03/2011 20:50
Questão ambiental é apelo da campanha. (Foto: Ítalo Milhomem)
Questão ambiental é apelo da campanha. (Foto: Ítalo Milhomem)

Foi lançada na tarde deste domingo (13), a Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta”, que apela para conscientização dos católicos sobre as questões ambientais.

A missa de lançamento mobilizou cerca de 5 mil pessoas no Ginásio Poliesportivo do Colégio Dom Bosco em Campo Grande, que rezaram e ouviram as palavras do arcebispo de Campo Grande, Dom Vitório Pavanello, que citou Madre Tereza de Calcutá para exemplificar as ações dos fiéis nesta campanha.

Segundo Pavanello, cada ação será uma gota de água dentro de um oceano, que o tornará diferente. Ele tem a certeza que não haverá mudanças radicais, mas as atitudes dos fieis poderão ajudar a divulgar a cultura de conscientização ambiental, antes que o “agronegócio e o consumo capitalista se tornem mais selvagem”.

A expectativa é que a campanha chegue aos 600 mil fiéis católicos da Arquidiocese de Campo Grande. Um das campanhas encampadas pela igreja será um abaixo assinado pedindo a implantação da coleta seletiva na Capital, que apesar de existir no papel ainda não foi colocada em prática.

Aterro sanitário - Em resposta a campanha pela coleta seletiva, o prefeito da Capital Nelsinho Trad que estava no evento disse que é uma boa iniciativa porque sem mobilização popular a coleta seletiva não poderá ser implantada. O prazo é que até em 2012 as coletas seletivas sejam implantadas em alguns bairros da área central primeiramente.

Ele alega que é necessário toda uma infraestrutura para começar este tipo de serviço como a usina de triagem e a inauguração do tão esperado aterro sanitário municipal.

“A usina de triagem é o local onde chega o lixo da cidade, que é separado o que é pode ser aproveitado e o que deve ser aterrado. Com isso você atende a mão de obra dos catadores, que você não pode desprezar, é uma realidade ali dentro (do lixão)”, explicou Nelsinho.

Segundo o prefeito, os catadores de lixo do lixão foram fundamentais para o atraso nas obras do aterro sanitário.

“Um dos motivos que fez a gente atrasar as a implantação do aterro, foi essa questão social. Como que eu podia fazer o aterro funcionar tirando a subsistência de quase 200 famílias que estão lá dentro? Então nós temos uma forma inteligente de fazer isso, que é a implantação da coleta seletiva com a usina de triagem, que dota esses trabalhadores de equipamentos de proteção individual, organiza com ele a melhor forma de venda desta produção e faz com que o lixo possa gerar dinheiro”, afirmou o prefeito.

Fraternidade e a Vida no Planeta - Ailton Alves, de 48 anos, contou a reportagem do Campo Grande News que na paróquia que frequenta, Nossa Senhora Aparecida, na Vila Planalto, algumas atitudes ecologicamente corretas estão sendo tomadas.

“Em algumas reuniões da igreja já não utilizamos copos descartáveis, levamos nossas canecas, não utilizamos mais os folhetos de papel, somente um data show. Agora estamos começando a levar essas atitudes para dentro de cada. Essa é a parte mais difícil”, relatou o funcionário público.

Questionado quais as medidas para ele toma em casa para não prejudicar o meio ambiente ele diz, que por enquanto já utiliza sacolas retornáveis para evitar o consumo de sacolas plásticas nas compras, mas ainda não parou pra pensar em outras alternativas.

O estudante de biblioteconomia, Jordão flores Rodrigues, de 26 anos, acha válida a iniciativa da campanha e essa temática da preservação do meio ambiente já esta sendo discutidas dentro das pastorais da igreja que ele frequenta, Cristo bom Pastor no Conjunto União em Campo Grande.

Ele afirma que começou a refletir sobre a situação do planeta e como ele esta sendo afetado pelos seres humanos após as discussões na igreja.

“Em casa já comecei a economizar no consumo de água, energia e separar o lixo orgânico dos recicláveis”, conta o estudante de biblioteconomia.

Nos siga no Google Notícias