ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 31º

Interior

Advogado de médica indiciada por morte de universitária contesta laudo

Nicholas Vasconcelos | 05/06/2012 16:51

Defesa afirma que causa da morte foi choque séptico e não anafilático

Letícia foi atendida quatro vezes no hospital de Bonito. (Foto: Divulgação)
Letícia foi atendida quatro vezes no hospital de Bonito. (Foto: Divulgação)

O advogado da médica infectologista Caroline Franciscato, de 31 anos, denunciada pelo erro médico que causou morte da acadêmica de odontologia Letícia Gottardi, de 19 anos, disse que pediu para que o laudo da morte seja refeito. Leopoldo da Silva Lopes afirmou que a causa da morte teria sido choque séptico e não um choque anafilático, provocado pela reação alérgica ao medicamento dipirona.

De acordo com Leopoldo, o novo pedido de laudo foi feito ao CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) que deve solicitar para que seja revista a causa da morte da universitária. Segundo ele, a morte teria sido causada por conta da apendicite que levou Letícia até o hospital João Darci Bigaton, em Bonito, distante 257 quilômetros de Campo Grande.

Para a defesa outro ponto que precisa ser revisto é a anotação da alergia a dipirona. “Existe a dúvida se a ressalva foi anotada antes ou depois do início dos sintomas e também do local onde ela foi feita. A anotação foi feita no verso do documento, se fosse no local correto a médica teria visto”, afirmou Leopoldo.

O pedido para que o laudo seja revisto já foi encaminhado ao Conselho, mas ainda não tem prazo para que o trâmite seja concluído.

O CRM-MS abriu sindicância para apurar o suposto erro médico, que depois de concluído poderá servir de base para que seja aberto um processo ético. Só a partir da conclusão das investigações é que Caroline poderá ou não ter o registro médico cassado.

Segundo o CRM, a sindicância e o processo ético devem levar de dois a quatro anos para serem concluídos.

A infectologista foi indiciada na última sexta-feira (1°) por homicídio doloso, por dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar e vai responder ao inquérito em liberdade.

Letícia Gottardi Côrrea morreu no dia 7 de abril, após quatro idas ao hospital. No prontuário da paciente constava que a jovem era alérgica à dipirona.

Documentos comprovam que a médica ordenou que fossem aplicadas duas injeções do medicamento, o que provocou a morte por choque anafilático.

Nos siga no Google Notícias