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Interior

Após pressão, prefeita recebe grevistas e avalia proposta de educadores

Prefeitura vai fazer estudo às pressas para tentar atender reivindicação de professores e apresentar resultado amanhã

Helio de Freitas, de Dourados | 22/08/2018 15:18
Délia Razuk reunida com representantes de educadores, em greve há cinco dias (Foto: A. Frota/Divulgação)
Délia Razuk reunida com representantes de educadores, em greve há cinco dias (Foto: A. Frota/Divulgação)

Enfrentando a segunda greve de professores em pouco mais de um ano e meio de mandato, a prefeita Délia Razuk (PR) “baixou a guarda” e recebeu uma comissão de representantes dos grevistas nesta quarta-feira (22) em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Um grupo de educadores chegou a ocupar a recepção do bloco onde fica o gabinete da prefeita, no CAM (Centro Administrativo Municipal). Os grevistas reclamam que Délia Razuk não participa diretamente das negociações e delega a função para os assessores.

Inicialmente, apenas secretários de Educação Upiran Jorge Gonçalves e de Governo Patrícia Bulcão e outros assessores especiais do gabinete conversaram com os educadores, mas como a categoria insistia em falar com a prefeita, Délia recebeu a comissão, liderada pelo presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), Juliano Mazzini.

Segundo a assessoria da prefeitura, as principais reivindicações são reajuste de 7,64% para o magistério e um adicional de incentivo para o administrativo educacional, de 4,13%.

“A gestão municipal se comprometeu a fazer novo estudo, cujo resultado será apresentado em reunião marcada para a tarde desta quinta-feira (23)”, informou a assessoria da prefeita.

Délia Razuk disse aos sindicalistas que a administração municipal “sempre se manteve aberta ao diálogo” com o funcionalismo e pediu compreensão da categoria diante da “impossibilidade de atender, de pronto, o que almejam os educadores”.

“A greve não é bom para ninguém, pois prejudica a administração, o professor, o aluno e seus pais, enfim, toda a sociedade perde”, disse a prefeita.

A greve iniciada na sexta-feira (17) é parcial e a maioria das escolas funciona normalmente. Entretanto, o movimento já causa transtorno aos pais, já que muitos alunos estão sendo liberados antes do horário normal de encerramento das aulas.

Acima do piso – A prefeitura alega que o piso nacional de 2018, após o reajuste de 6,81%, foi fixado em R$ 2.455,35 para uma jornada de 40 horas semanais. Entretanto, paga quase o dobro desse valo, para professores com curso superior – R$ 4.588,95 pelas mesmas 40 horas.

“A recomendação da Confederação Nacional dos Municípios e do Tribunal de Contas é que municípios que já pagam salários acima do piso nacional não são obrigados a reajustar vencimentos nesse momento de crise financeira nacional. E mesmo assim foi concedido o reajuste linear de 2,68% neste ano”, afirma a prefeitura.

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