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Interior

Cacique guarani-kaiowá diz que está ameaçado e pede proteção ao MPF

Francisco Júnior | 10/08/2013 09:23

O cacique guarani-kaiowá da aldeia Jaguapiru, na Reserva Indígena de Dourados (MS), Getúlio de Oliveira, denunciou ter sido vítima de ameaça de morte por desconhecidos.

Segundo relatos de parentes do indígena, que prestaram depoimento ao Ministério Público Federal em Dourados, eles foram abordados diversas vezes durante esta semana por homens à procura do cacique.

Em uma das ocasiões, na aldeia Jaguapiru, foram oferecidos R$ 500,00 para dois parentes indicarem o local onde o cacique estaria. Um dos homens disse que “queria a cabeça” de Getúlio e que, em breve, eles “não teriam mais cacique”.

No dia 6 de agosto, durante um Aty Guasu (grande reunião, em guarani), duas mulheres ouviram barulhos de galhos no quintal e viram um homem correndo em direção à estrada. O homem entrou num carro estacionado, que saiu em disparada. Passaram pela frente da casa. “Deu pra ver quatro homens dentro do carro cinza”, disseram.

No dia 7 de agosto, 3 lideranças foram abordadas quando chegavam à Casa de Reza da aldeia. Eles contaram que “quando estavam chegando, entrou correndo atrás deles um carro, com farol alto, e fez uma manobra 'tipo cavalo-de-pau'. Bem próximo à casa, desceu um homem branco, alto, de roupa preta. Olhou para as mulheres, que tinham descido do carro, e voltou ao seu carro. Esse movimento teria sido bem rápido, cerca de 2 minutos. O carro era um utilitário preto, cabine dupla, com faróis acesos no alto da carroceria. O homem não disse uma só palavra. Só olhou as pessoas, entrou no carro e saíu acelerando”.

O cacique solicitou que as rondas da Força Nacional se intensifiquem na região da Casa de Reza, “antes que aconteça alguma tragédia”. Os depoimentos foram colhidos no Ministério Público Federal em Dourados, onde deverá ser instaurado inquérito para investigar as ameaças.

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