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Interior

Dupla execução na fronteira pode estar ligada a desaparecimento de policial

Policial Rodoviário Federal sumiu em abril deste ano no Paraná

Fernanda Yafusso | 28/09/2016 19:32
Dupla foi executada na tarde de hoje em cidade paraguaia (Foto: ABC Color)
Dupla foi executada na tarde de hoje em cidade paraguaia (Foto: ABC Color)
Douglas Renato Herrmann desapareceu no último dia 15 de abril na cidade de Cascavel (Foto: CGN)
Douglas Renato Herrmann desapareceu no último dia 15 de abril na cidade de Cascavel (Foto: CGN)

A dupla execução ocorrida na tarde desta quarta-feira (28) em Salto del Guairá, cidade paraguaia que fica próxima à linha de fronteira, pode estar ligada ao desaparecimento de um policial rodoviário federal de Cascavel (PR) em abril deste ano, segundo informações locais.

Um dos mortos estaria envolvida no sumiço e também na execução de dois policiais militares da reserva em Mundo Novo - cidade localizada a 476 km de Campo Grande e que faz fronteira com Salto del Guairá - ocorrida há dois meses.

Em abril deste ano, segundo informações divulgadas em sites da cidade de Cascavel, o policial rodoviário Douglas Renato Hermann, de 33 anos, desapareceu misteriosamente após ter cumprido plantão, deixado a farda e a pistola em casa e dito a esposa que sairia com colegas.

Alguns dias depois, segundo fontes policiais locais, o carro em que o agente estava, uma caminhonete Toyota Hillux, foi encontrado no território do Paraguai, crivado de disparos de arma de fogo e com sangue no interior do veículo.

Na mesma época, um veículo Jeep Cherokee também foi encontrado no Paraguai, completamente incendiado.

Segundo informações divulgadas em sites da região, câmeras de monitoramento da ponte Ayrton Senna, entre Mundo Novo e Guaíra, flagraram os dois veículos seguindo juntos ao Paraguai no dia do sumiço do agente federal.

Além disso, no dia 08 de julho, em Guaíra, os jovens Djordan William Ribas da Cruz, 19 anos, e Roberto Dias Ribeiro Junior, 20 anos, foram presos acusados de executar três pessoas, incluindo um policial da reserva.

Na mesma operação, outras pessoas também foram detidas e seriam suspeitas de homicídios em cidades como Guaira, Altônia, Umuarama, Mundo Novo e Iguatemi, em Mato Grosso do Sul.

Execuções - Jhoni Reis Fernandes Oliveira, de 33 anos, e Jairo de Castro Alves, de 44 anos, foram executados a tiros por pistoleiros que estavam em um Fiat Palio. Os dois brasileiros foram emboscados quando seguiam pela rua Bernardino Caballero e os matadores pararam em frente da caminhonete, já atirando.

Em julho deste ano, Elio Almeida Sousa, de 53 anos, e Valdomiro Ribeiro de Souza, de 51 anos, policiais militares da reserva estavam em um Vectra na rodovia BR- 163, no trecho que passa pela área urbana de Mundo Novo, quando foram atingidos por vários disparos. Ambos haviam sido presos em uma operação de suposta facilitação da passagem de cigarros contrabandeados.

Investigações - Em abril de 2014, Jhoni Oliveira foi um dos 31 denunciados na Operação “Prometeu”, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para desmantelar uma quadrilha de contrabando de cigarros.

Foi uma das maiores operações de combate ao crime organizado em Mundo Novo. A quadrilha atuava há anos na região e praticava diversas atividades ilícitas, como remessa de produtos ilegais (armas, munições, medicamentos, eletrônicos, cigarros), roubo e receptação de veículos de carga, falsificação de documentos públicos
e vários outros crimes correlatos.

Jairo de Castro Alves também tinha ficha na polícia. Em maio de 2015, ele foi preso na Operação Hidra, desencadeada pela Polícia Federal em Maringá (PR) para desencadear uma organização criminosa que atuava na região. Jairo era responsável pelo contrabando de agrotóxico, segundo a PF.

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