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Interior

Falta de padrão há 4 anos faz rede apodrecer e família busca água em rio

Edivaldo Bitencourt, enviado especial a Paranhos | 31/08/2013 08:45
Incra "jogou" dinheiro fora ao construir poço e deixar sistema desligado por falta de luz (foto: João Garrigó)
Incra "jogou" dinheiro fora ao construir poço e deixar sistema desligado por falta de luz (foto: João Garrigó)

O descaso com o dinheiro público não só é evidente, como põe em risco a vida de 38 famílias pequenos produtores rurais em Paranhos, a 440 quilômetros de Campo Grande. Enquanto os assentados buscam água poço ou rio, a rede de abastecimento, construída há quatro anos, está se deteriorando e sendo destruída pela ação o tempo.

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) investiu R$ 112 mil na perfuração o poço artesiano e na construção da rede de água. O sistema foi construída para atender os 38 produtores rurais do Assentamento da Cabeceira do Rio Iguatemi, a cerca de 40 quilômetros da cidade.

“Só falta o padrão e o transformador de energia para ligar o poço”, comentou a presidente da Associação das Famílias do assentamento, Neuza de Barros Colacho. Na semana passada, o grupo e a FAF/MS (Federação da Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul) denunciaram o caso para o MPF (Ministério Público Federal).

Sem manutenção, canos que levariam água foram destruídos antes de entrarem em funcionamento (foto: João Garrigó)
Sem manutenção, canos que levariam água foram destruídos antes de entrarem em funcionamento (foto: João Garrigó)

No documento, os assentados denunciam que a rede de distribuição encontra-se em péssimo estado de conservação. Enquanto o poço artesiano está pronto, os assentados continuam pegando água para tomar banho, fazer os serviços de casa, cozinhar e beber do rio e de cisternas improvisadas.

De acordo com Neuza, em alguns pontos, o lençol freático está alto e a água pode estar contaminada.

O prefeito de Paranhos, Júlio César de Souza (PDT) está cobrando providências para resolver o problema e garantir o fornecimento de água tratada para as famílias do assentamento.

O Incra informou a parte de ligação de energia cabe à Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul), que é responsável pelo Programa Luz para Todos.

Das 38 famílias no assentamento, 19 contam com casa e outras 19 residem em barracos de lona.

Neuza mostra documento encaminhado ao MPF (Foto: João Garrigó)
Neuza mostra documento encaminhado ao MPF (Foto: João Garrigó)
Canos foram colocados perto da superfície e foram totalmente destruídos antes do uso (foto: João Garrigó)
Canos foram colocados perto da superfície e foram totalmente destruídos antes do uso (foto: João Garrigó)
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