Para não reduzir velocidade, motoristas se arriscam na contramão da MS-164
Motoristas têm se arriscado e colocado em perigo outras vidas em trecho da MS-164, rodovia que passa pelo Assentamento Itamarati, no sul do Estado, em Ponta Porã, cidade a 323 quilômetros de Campo Grande.
No local existe a escola estadual Nova Itamarati e, por isso, redutores de velocidade e sinalizadores horizontais foram colocados na pista.
Perigo - No entanto, para não reduzirem a velocidade ao passar sobre os sinalizadores, motoristas desviam, pela pista contrária, ignorando a presença de faixa contínua na via.
A situação foi flagrada pelo Campo Grande News nesta semana, justamente no trecho onde está situada a escola onde estudam cerca de 1.700 alunos. O cenário só não é mais grave porque os estudantes ainda estão de férias.
Para o Coronel Waldir Acosta, da Polícia Militar Rodoviária do Estado, condutores que tomam esse tipo de atitude estão assumindo riscos de direção perigosa, aumentando as chances de acidentes e oferecendo perigo às pessoas que passam pela área.
Penalidades - "Se a polícia flagra isso, esse indivíduo tomará multa e sofrerá penalidades devido aos riscos que está causando", afirma.
Segundo o Sargento Levy Braga, também da Polícia Militar Rodoviária, essa manobra é classificada como condução do veículo na contramão de direção, o que é uma infração grave. "Conforme o artigo 186 do Código de Trânsito Brasileiro, o condutor perde 5 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e o valor da multa ultrapassa R$ 100", detalha.
O local já ofereceu muito perigo à população do assentamento e condutores que passam pelo trecho, por isso sinalizadores foram colocados. Além disso, de acordo com Acosta, blitze ocorrem constantemente para prevenir acidentes.
Consciência - "Nós fazemos patrulhamento constante, mas a consciência do motorista é o principal recurso. As pessoas precisam ter consciência do perigo que estão causando ao adotarem atitudes como essas no trânsito", completa.
O coronel ainda garante que a situação será repassada à Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) para que sejam estudadas medidas no local. "Talvez seja o caso de apenas colocarmos sinalização na pista contrária também. Vamos entrar em contato com a Agesul para verificarmos a situação", finalizou Acosta.
