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Interior

Pecuaristas são multados em R$ 355 mil por criar gado em áreas de nascente

Segundo Polícia Militar Ambiental, bois eram criados em matas ciliares e dreno foi usado para desviar água de nascente para bebedouro

Helio de Freitas, de Dourados | 22/06/2016 10:05
Policial observa desvio de água de nascente para abastecer o rebanho (Foto: Divulgação/PMA)
Policial observa desvio de água de nascente para abastecer o rebanho (Foto: Divulgação/PMA)

Dois proprietários rurais do município de Naviraí, a 366 km de Campo Grande, no cone sul do Estado, foram autuados ontem (21) pela PMA (Polícia Militar Ambiental) por degradações ambientais causadas pela criação de bois nas margens de rios e nascentes. Somadas, as multas chegam a R$ 355,7 mil.

De acordo com a assessoria da PMA, em uma fazenda localizada a 14 km da cidade foi encontrado um dreno feito em uma nascente para servir de bebedouro para o gado e as áreas de preservação não eram cercadas.

O pisoteio do gado causou degradação em seis hectares da área de preservação do rio Equaly e 11 hectares do rio Amambai. Além disso, segundo a PMA, o pisoteio do gado e falta de conservação do solo na propriedade causaram quatro pontos de erosão, que levaram ao assoreamento dos rios e nascentes.

O dono da propriedade, um produtor rural de 58 anos residente em Guaratã do Norte (MT), foi autuado por danificar a mata ciliar e as nascentes as por erosões e multado em R$ 173,9 mil.

Como a área afetada é considerada de preservação permanente, ele também responderá por crime ambiental e pode pegar de um a três anos de detenção.

Conforme a PMA, o gado foi apreendido e o proprietário ficou como fiel depositário. O pecuarista também foi notificado a remover os animais a cercar as áreas protegidas e terá de elaborar o Prade (Plano de Recuperação da Área Degradada).

Outro caso – Em uma propriedade vizinha, os policiais ambientais encontraram os mesmos problemas. A criação de gado causou a degradação de 22 hectares de áreas protegidas de um curso d’água interno da propriedade, 9 hectares do córrego Redondo e 3 hectares do rio Amambai.

Duas voçorocas provocadas pelo pisoteio do rebanho causou o assoreamento dos cursos d’água. O gado foi apreendido e o proprietário ficou como fiel depositário, que assim como o vizinho foi notificado a remover os bois e cercar as áreas protegidas.

Residente em Paranavaí (PR), proprietário rural foi multado em R$ 181,8 mil e notificado a elaborar o plano de recuperação.

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