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Interior

PM apreende equipamento e leva jovens à polícia pelo uso do narguile

Ricardo Campos Jr. | 04/04/2015 08:07

Dois jovens foram autuados pelo uso de narguile durante a noite desta sexta-feira (3) em Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande. Segundo informações do boletim de ocorrência, uma viatura da PM (Polícia Militar) flagrou os suspeitos, de 23 e 18 anos, inalando a substância e apreenderam o material.

O caso foi registrado como induzir, instigar ou ajudar alguém a usar entorpecente ou substância que determine dependência química, física ou psíquica.

De acordo com o boletim, os militares que atenderam a ocorrência justificaram a ação dizendo que o narguile tem poder de dependência maior que o cigarro, segundo apontam pesquisas.

Costume de fora – Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, o narguile, também conhecido como cachimbo d’água, shisha ou hookah, é um equipamento originário no oriente que consiste em uma espécie de torre com tubos para a inalação da fumaça produzida pelo aquecimento do fumo e outras substâncias. O vapor desce até um recipiente com água, onde é supostamente filtrado para depois ser liberado pelas mangueiras onde o usuário faz o consumo.

De acordo com a entidade, a presença de um filtro faz com que os usuários tenham a impressão de que se trata de uma prática segura, mas a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que uma sessão que dure em média 20 a 80 minutos corresponde à exposição de todos os componentes tóxicos da fumaça de 100 cigarros comuns.

Após 45 minutos de sessão, há o aumento nos batimentos cardíacos, na concentração de monóxido de carbono inspirado e na quantidade de metais pesados e de difícil eliminação, como o cádmio.

Os riscos, ainda segundo o Instituto, não estão apenas ligados a problemas respiratórios. O compartilhamento dos tubos para absorção da fumaça pode levar à transmissão de herpes, hepatite C e tuberculose.

Pesquisa feita em todas as capitais brasileiras pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), do Ministério da Saúde, afirma que Campo Grande tem uma das maiores proporções de fumantes regulares dentro de escolas (26,7%). A maioria dos entrevistados disse preferir o cachimbo oriental.

Veja a pesquisa Vigescola na íntegra

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