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Interior

Servidores municipais relatam transtornos causados por atraso de salários

Fernanda Yafusso | 25/10/2016 19:49

Salários atrasados e nome negativado, situações que não são novidade para os 120 servidores efetivos da educação municipal de Bela Vista, cidade distante 322 km de Campo Grande. O problema ocorre, segundo o Simbel (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos da Prefeitura Municipal de Bela Vista), desde janeiro deste ano, porém a situação se agravou nos últimos meses.

De acordo com o presidente do Simbel, Ramão Melo Ortega, os pagamentos tem sido realizados de forma escalonada para os funcionários. "O salário dos professores contratados já saiu. Porém, dos professores que recebem pelo Fundeb, desde o mês de setembro está havendo esse atraso. O prefeito alega que não tem dinheiro e existem muitas dívidas que são heranças de outras administrações", relata.

Ainda segundo o sindicato, o atraso está gerando preocupação entre os servidores. Pois, em muitos casos os funcionários não estão conseguindo manter as contas básicas em dia.

"O secretário de educação do município disse que o pagamento dos servidores efetivos já foi depositado e amanhã deve estar na conta dos servidores. Mas os atrasos estão acontecendo desde o mês de janeiro, paga-se alguns funcionários e outros ficam sem. Agora a situação estrapolou por serem verbas específicas e com isso os servidores estão atrasando o pagamentos das contas mensais".

Servidores da saúde também estão enfrentando o mesmo problema na cidade. O prefeito do município, Douglas Gomes (PP) foi procurado pela reportagem para esclarecer o assunto, porém não atendeu os telefonemas.

Novela - A mesma situação ocorreu diversas vezes neste ano no muncípio de Aquidauana, distante 135 km de Campo Grande. Em agosto, durante o desfile cívico que comemorou os 124 anos da cidade, servidores da rede municipal de educação protestaram contra o atraso do salário da categoria. 

Na época o prefeito do município, alegou que o atraso nos pagamentos dos servidores ocorreu por causa da queda no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), realizado pelo Governo Federal. Em julho houve uma queda no repasse de 40% e em agosto, mais 25%.

Essa queda, segundo a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), tem sido enfrentado pelos prefeitos de Mato Grosso do Sul. A transferência de um quarto da verba de complemento de 1% não foi realizada e ao todo as prefeituras do Estado deixaram de receber R$ 11,7 milhões.

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