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Interior

Submetidos a condição precária, 17 operários são resgatados de obra

Viviane Oliveira | 26/12/2012 15:50
As três camas construídas com tábuas, ao lado do depósito de lixo e junto a uma pilha de cimento(Foto: divulgação)
As três camas construídas com tábuas, ao lado do depósito de lixo e junto a uma pilha de cimento(Foto: divulgação)
O calor no cômodo era grande e a ventilação vinda de uma pequena janela, com vidros quebrados e coberta com plásticos. (Foto: divulgação)
O calor no cômodo era grande e a ventilação vinda de uma pequena janela, com vidros quebrados e coberta com plásticos. (Foto: divulgação)

Auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego resgataram 17 operários, entre eles dois adolescentes, submetidos a condições degradantes em um canteiro de obras na rua Traira, no bairro Laranja Doce, em Dourados, cidade distante 233 quilômetros de Campo Grande. O resgate, divulgado hoje, aconteceu em ação realizada entre os dias 7 e 17 de dezembro.

O nome do responsável pela obra não foi divulgado. A informação é de que o grupo foi contratado por uma pessoa, que ficou responsável pela construção de oito casas com recursos do programa popular ‘Minha Casa, Minha Vida financiados pela Caixa Econômica Federal.

A ação foi feita depois que operários paraguaios denunciaram que estavam trabalhando sem registro, sem fornecimento de equipamentos de proteção individual, estavam alojados em condições precárias e com salários atrasados.

No local indicado, a equipe de auditores constatou que os trabalhadores estavam alojados em uma casa em péssimas condições de higiene e conservação. Destes sete são de nacionalidade paraguaia, que não tinham autorização para trabalhar no Brasil e dois adolescentes de 16 anos.

Condições precárias-Do lado de fora da casa, havia três camas construídas com tábuas, ao lado do depósito de lixo e junto a uma pilha de cimento. No local não havia paredes que impedissem o sol ou chuva. As camas eram feitas de colchões esfarrapados.

Na cozinha, as paredes e o piso estavam em péssimas condições de higiene, os mantimentos eram “armazenados” ao lado do banheiro, em condições ainda piores de higiene. O calor no cômodo era grande e a ventilação vinda de uma pequena janela, com vidros quebrados e coberta com plásticos.

No alojamento havia apenas um banheiro em péssimas condições. Os trabalhadores foram retirados do local e encaminhados a dois hotéis da cidade. O valor das verbas rescisórias pagas alcançou o valor de R$ 67 mil. No total foram emitidos 12 autos de infração.

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