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Interior

Tropa de choque é enviada e acaba protesto em rodovias

Ângela Kempfer e Carlos Martins | 25/11/2010 15:59
Pela manhã, cheghou a se formar congestionamento na estrada entre a Capital e Sidrolândia. Foto-João carijó
Pela manhã, cheghou a se formar congestionamento na estrada entre a Capital e Sidrolândia. Foto-João carijó

A Polícia Militar enviou a Tropa de Choque para dois pontos de rodovias em Mato Grosso do Sul para evitar transtornos aos motoristas por conta do protesto de trabalhadores sem-terra que bloquearam as estradas de Mato Grosso do Sul na manhã de hoje.

Equipes da Cigcoe estão na MS-060, entre Campo Grande e Sidrolândia e na BR-463, entre Dourados e Ponta Porã, locais de maior fluxo de veículos. Polícia Rodoviária Estadual também enviou 3 equipes para esse trecho da rodovia.

Os manifestantes, ligados a Fetagri, fizeram um acordo com os policiais. Eles continuavam com os protestos por 20 minutos, interrompiam a interdição por outros 5 minutos e fechavam as rodovias novamente, até há pouco, quando suspenderam a manifestação de vez nas estradas, por volta das 10h25.

Os sem-terra ligados à Fetagri mantiveram bloqueados 8 pontos em rodovias federais e estaduais de Mato Grosso do Sul na manhã desta quinta-feira. Já os ligados ao MST continuam acampados na sede do Incra, em Campo Grande.

Na divisa com Sidrolândia, cerca de 20 quilômetros depois de Campo Grande, a coordenadora do grupo, Rosa Marques de Oliveira, lembra que o protesto só foi desencadeado porque há 120 dias o Incra não “faz nada” no Estado.

Depois da prisão de administradores, acusados de corrupção, o órgão ficou inoperante, dizem os sem-terra. A entidade representa 85% dos acampamentos e assentamentos em Mato Grosso do Sul. Na região de Sidrolândia, pelo menos 4 fazendas já estariam prontas para desapropriação: a Araquá, Luana, Brejão e Alvorada. “Mas não compram as terras”, reclama.

Já os assentados dizem que há 4 meses foi interrompido o pagamento a empresas que repassam materiais de construção, conforme acordo feito pelos movimentos sociais e o Incra.

As interdições, segundo a Fetragri, continuaram só até que a imprensa documentasse os protestos, para fortalecer a luta pela agilidade no Incra.

Veja a lista de reivindicações da Fetagri:

1 – Liberar as vistorias e pagamentos das áreas de aquisição e desapropriação para fins de assentaemnto dos trabalhadores;

2 – Liberar imediatamente os pagaemntos das empresas que vem entregando os materiais de habitações nos assentamentos do Estado;

3 – Manter a negociação fechada com o INCRA que destinou recursos da ordem de R$ 44 milhões pasra construção e reforma de casas nos 48 assentamentos do Estado;

4 – Liberação imediata das vistorias de produtividade dos imóveis ruais indicados pela Fetagri/MS para desapropriação;

5 – Liberação de lonas plásticas para cobertura dos barracos;

6 – Pagamento imediato dos recibos de mão-de-obra dos mutirantes que se encontra no INCRA;

7 – Pagamento imediato da entidade organizadora, Fetagri/MS para construção das casas;

8 – Suspensão imediata da nota técnica do INCRA que obriga assentados a comprarem gado leiteiro somente da associação girolanda;

9 – Que o INCRA combata através de sua procuradoria, as ações do Ministério Público Federal, que tem aterrorizado o estado;

10 – Liberação imediata pelo INCRA das cartas de aptidão do Pronaf A.

11 – Liberação imediata dos créditos Apoio Instalação, fomento e habitação para os diversos assentamentos do Estado;

12 – Liberação do CCU dos assentamentos;

13 – Recriar a comissão de certificação de imóvell rural.

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