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Cidades

Jovem de 26 anos é acusado de furto e espancado por seguranças do Extra

Graziela Rezende | 16/08/2013 10:10
Jovem e pai mostram nota fiscal da compra. Foto: Graziela Rezende
Jovem e pai mostram nota fiscal da compra. Foto: Graziela Rezende

Um jovem de 26 anos foi espancado por seguranças do hipermercado Extra, unidade Maracajú, na manhã desta sexta-feira (16). Mesmo apresentando a nota fiscal, ele foi acusado de furto e conta que levou empurrões e socos sem motivo. A Polícia Militar esteve no local, porém apenas orientou a vítima a prestar queixa na delegacia.

“Eu comprei uma bolacha, no valor de R$ 1,89 e saí da loja. No pátio fui perseguido por dois seguranças. Um deles, de nome Peterson, me acusou de furto e mostrei a nota, dizendo que era consumidor. Mesmo assim, ele desferiu um soco na testa e foi me empurrando e chutando para a rua”, comenta o tapeceiro Paulo Henrique Leiva Ferreira, 26 anos.

Sujo por conta do trabalho, ele diz que os funcionários tiveram preconceito pela sua vestimenta e por ser negro. “Não tem outra explicação para isso. Meu pai todos os dias frequenta a loja para comprar pão, ele tem o cartão daqui. E os seguranças já olham feio pra gente, tem bronca mesmo”, comenta Ferreira.

Indignado, após ser expulso na frente de outros clientes e ter a sua bolacha “pisoteada” pelos seguranças, Paulo Henrique entrou em contato com o pai, Hélio Camargo Ferreira, 48 anos, que foi ao local. “Meu filho estava trabalhando e eles não têm o direito de fazer isso. A gerência se antecipou e ligou para a PM dizendo que meu filho comprou depois a bolacha, mas não foi isso que aconteceu”, fala o pai.

No caixa, Maria Fátima Gonçalves, 38 anos, atendeu o jovem e confirmou a truculência dos seguranças. “Meu horário de entrada é às 7h e, exatamente às 7h49, conforme a nota fiscal, ele pagou pela bolacha. Estou aqui há apenas seis meses e posso estar correndo risco, mas não concordo com a atitude dos seguranças”, diz Gonçalves.

Além da atendente, a vítima e o seu pai tiveram o apoio de várias testemunhas, que confirmaram o crime. A vítima permanece com marcas na testa e na boca. “Nós vamos daqui direto para a delegacia. Quero registrar queixa e que eles sejam punidos por isso”, garante o pai de Paulo Henrique.

A reportagem tentou conversar com os gerentes do hipermercado, tanto do piso térreo quanto do superior, porém foi informado que ambos estariam em uma reunião e não poderiam falar naquele momento.

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