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Cidades

Mãe denuncia escola após filho ser "interrogado" por 3h

Redação | 04/11/2009 16:03

A dona-de-casa Maria Lúcia dos Santos, de 37 anos, denunciou a escola municipal Professora Leire Pimentel de Carvalho Corrêa, no Jardim Colibri, em Campo Grande, depois do filho de 10 anos ter sido submetido a interrogatório em sala separada dos demais alunos. O caso ocorreu após três aparelhos celulares, um MP4, moedas e um óculos de sol terem sido furtados de sua sala de aula, na última sexta-feira (30).

A dona-de-casa conta que soube do que ocorreu na escola pela outra filha, que também estuda no local. Segundo Maria, o filho que foi interrogado havia acabado de voltar da educação física, quando encontrou a sala revirada.

Após constatar que alguns pertences de alunos haviam desaparecido, a orientadora levou ele e um colega para uma sala separada, porque os dois haviam chegado 15 minutos atrasados na aula e teriam passado para deixar as mochilas quando não havia mais ninguém na sala.

De acordo com a denúncia feita pela mãe ao CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza), meia-hora depois de ser levado para a sala reservada o amigo de seu filho saiu chorando.

O garoto, contudo, permaneceu no local por três horas, das 14h às 17h, aos prantos e com febre, sob a ameaça de que a Polícia estava indo para o local, diz a mãe.

Dificuldades - Além do constrangimento a que o filho foi submetido, Maria Lúcia reclama que teve que fazer verdadeira peregrinação para conseguir registrar queixa acerca do caso.

Apenas na terceira vez em que procurou uma delegacia, dessa vez a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) é que conseguiu registrar a ocorrência.

Mesmo assim, ela garante que os atendentes tentaram convencê-la a não registrar a queixa contra a escola, sob a alegação de que ela deveria apenas fazer uma reclamação ao Conselho Tutelar.

"No meu entendimento mais uma vez tentaram cercear o meu direito de denunciar o constrangimento ilegal a que o meu filho foi submetido", pontua a mãe.

Ela reclama que, mesmo cinco dias após o ocorrido e de ter denunciado à Polícia e ao centro de direitos humanos o abuso, não recebeu da escola nenhum comunicado sequer sobre o que poderia ter sido considerado mau comportamento do filho.

A diretora da escola foi procurada para esclarecer o caso, mas antes de saber do que se tratava informou que o expediente se encerra às 17h. Por telefone, ela alegou que tinha um compromisso e estava atrasada, por isso só poderia atender o Campo Grande News amanhã (5).

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