Mais de 40 entidades protestam contra a violência em MS
Centenas de pessoas, representando 40 entidades, se uniram hoje para protestar contra a violência. O movimento começou na Praça do Rádio Clube e seguiu em passeata até o calçadão da Barão.
Poucos metros depois do início da caminhada, a intransigência de motoristas provocou reações exaltadas em plena manifestação que deveria ser pela paz. A paciência deu vez a pequenas doses de intolerância entre participantes e condutores, que de dentro dos carros fizeram protestos particulares contra o protesto e pela falta de apoio policial e ausência de amarelinhos para ordenar o trânsito durante o protesto.
Logo a violência no trânsito foi lembrada pelos manifestantes em um dia que a imprensa informa a morte de uma senhora, de 48 anos, Dalva Aparecida de Carvalho Moura, que na noite de sexta-feira foi atropelada em plena 13 de Junho, por um jovem de 24 anos. Só nas últimas 12 horas, foram 23 acidentes nas ruas da capital.A violência em todas as suas formas é o motivo do protesto deste sábado, assim como tantos outros já realizados pelas ruas de Mato Grosso do Sul, com cobrança não só ao poder público, mas a toda sociedade, dizem os organizadores. A diferença é o surgimento de novas vítimas, como a travesti Débora Mansini, assassinada no dia 13 de março com dois tiros, às 19h47.
Com camisetas que estampam o rosto de Débora, amigos detalham o dia do crime. Ela estacionou o carro, seguiu para o ponto onde trabalhava como profissional do sexo e acabou executada. Até agora nenhum suspeito foi apontado pelo Polícia.
A também travesti Donatella Splash protesta neste sábado pela amiga e também como vítima de violência. Em 2002 foi espancada no trabalho por homens.