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Cidades

Moradores do Taquaral pedem segurança diante de assaltos

Redação | 22/02/2010 13:40

Moradores da região do Taquaral Bosque, em Campo Grande, pedem segurança e contam que a região está sofrendo uma "onda" de roubos. Pelo menos quatro comércios foram assaltados na região apenas neste mês, de acordo com o presidente do bairro.

No início desta tarde, uma idosa teve levado o dinheiro da aposentadoria, enquanto aguardava um ônibus.

Maria Iara Bertolli, de 65 anos, estava em um ponto na rua Pinhão, próximo a um mercado, quando foi abordada por um jovem com uma faca. Ele anunciou o assalto e pediu dinheiro. Como ela respondeu que não tinha, ele pegou a bolsa e fugiu em uma bicicleta.

Além da aposentadoria da vítima, o ladrão levou seus documentos e um aparelho celular. "Ninguém pode trabalhar mais em paz", desabafa ela, sem saber como pagar as contas do mês.

Maria reclama que esse tipo de ação se tornou comum no bairro. O presidente da associação de moradores, Antônio de Jesus, de 42 anos, confirma o problema. Ele conta que tem recebido inúmeras reclamações de moradores.

De acordo com o líder comunitário, além dos idosos, os comerciantes da região têm sido vítimas da criminalidade. Segundo ele, apenas neste mês quatro estabelecimentos foram assaltados.

As ações mais recentes ocorreram em um posto de combustíveis na rua Marquês de Leão; em dois salões de cabeleireiros, sendo um na rua Alitália; e em uma panificadora no bairro vizinho, o Estrela Dalva.

"Os proprietários me chamaram para fazer a reclamação, porque não estão tendo mais como trabalhar", conta Antônio.

"Aqui não chegou ainda", diz apreensivo o balconista de uma farmácia na rua Olímpio Klaske, Paulo Cunha, de 44 anos, bairro nas proximidades, ao contar que a panificadora a 100 metros do estabelecimento onde ele trabalha foi assaltada por duas vezes apenas neste ano.

Cunha explica que os comerciantes do bairro já se avisaram da "onda" de assaltos e agora trabalham com medo. "Ficamos apreensivos", afirma.

De acordo com o presidente do bairro, há cerca de um ano, o bairro contava com rondas feitas por policiais militares em motocicletas. Desde que o trabalho de prevenção deixou de ser feito na região, os assaltos começaram a aumentar. "Eles pelo menos inibiam a ação dos ladrões", explica.

De acordo com o presidente do bairro, a população reclama se sentir abandonada desde que as rondas deixaram de ser feitas. Eles pretender formar uma comissão de comerciantes e moradores para conversar com a Polícia Militar. "Se deixar, daqui a uns dias não vamos poder sair de casa mais", desabafa.

PM - A Polícia Militar foi procurada para esclarecer o assunto e informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as ações repressivas serão intensificadas no Taquaral Bosque e região para resolver o problema.

Segundo a corporação, operações repressivas serão feitas em vários bairros da cidade, mediante análise do índice de criminalidade de cada um deles, inclusive do Taquaral Bosque. Mas, ainda não há dados específicos sobre a criminalidade no bairro.

Apesar de realizar ações ostensivas, a PM ressalta a importância do trabalho preventivo nesses casos. A orientação é para que cada presidente da associação dos moradores procure o conselho de segurança de sua região para comunicar os problemas.

No caso do Taquaral, o atendimento é feito pelo conselho da região do Prosa.

A Corporação destaca que os conselhos foram criados justamente para aproximar a Polícia da comunidade e criar um canal de comunicação para atender às necessidades da população.

O procedimento de procurar o Conselho deve ser a primeira ação a ser tomada quando houver problemas de segurança nos bairros da Capital.

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