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Cidades

MPE apura poluição sonora em shows e festas no parque

Redação | 09/09/2009 14:18

Não é de hoje que moradores dos bairros próximos ao Parque de Exposições Laucídio Coelho, no Jardim América, em Campo Grande, reclamam do barulho durante as festas, shows e exposições promovidos no local.

Agora, para averiguar a ocorrência de poluição sonora no local, o promotor de Defesa do Meio Ambiente, Alexandre Lima Raslan, instaurou inquérito civil 069/09, publicado na edição de hoje do Diário Oficial de Justiça.

O objetivo é verificiar a ocorrência de poluição sonora durante as festas, shows e eventos que são promovidos sem licença ou autorização ambiental, segundo a justificativa publicada pelo MPE (Ministério Público Estadual).

Não durmo - Residindo há mais de 50 anos no Bairro Jóquei Clube, o funcionário público federal aposentado Maurício Brandão Coelho, 62 anos, garantiu que já está acostumado com o barulho durante as festas e shows no Parque de Exposição. "No começo foi difícil, mas hoje não incomoda mais", destacou.

Mas a maioria dos trabalhadores reclama do incomodo causado pelos shows e festas. Este é o caso do garapeiro Adolfo Vieira Neves, 76, que reside há 36 anos no bairro. Ele conta que não dorme quando acontece algum evento no parque.

Além disto, ele contou que a situaçaõ piorou nos últimos anso com as algazarras e gritarias promovidas pelos jovens. Como colocou mesinhas e bancos para servir garapa em frente a residência, jovens amanhecem dormindo no local.

Sem TV - Outros moradores reclamam que a situação fica insustentável em dias de shows. O vigilante Daires Peixoto, 53, dos quais 18 no bairro, afirmou que o som é ensurdecedor. "Não dá nem para assistir TV", contou.

"Ninguém aguenta", reclamou. No entanto, Peixoto garantiu que, apesar do transtorno, não pretende deixar a região, porque considera o Bairro Jóquei Clube um bom lugar para morar.

Terrível - A feirante Francisca Solange de Brito, 50, afirmou que o "barulho é terrível". "Só consigo dormir quando estou muito cansada", contou, sobre o incomodo. Menos radical, ela defende a adoção de medidas, como isolamento acústico, para reduzir a poluição sonora.

Já a manicure Dila Gonçalves Dias, 37, mudou-se no domingo para a rua em frente ao parque. No entanto, ela, que ouviu o som dos shows da Vila Carvalho, onde morava, já sabe o que vai encontrar. Dila contou que o marido não conseguiu uma casa para alugar em outro lugar.

De acordo com Neves, os moradores já promoveram abaixo-assinado pedindo providências, mas nunca foram ouvidos. Ele esperava que o inquérito do MPE traga noites mais tranquilos aos moradores do Jóquei Clube.

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