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Cidades

Mulher é presa por "tráfico de informações" para o PCC

Redação | 17/09/2010 07:30

Uma mulher que atuava como informante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foi presa, na tarde de quarta feira, tentando levar informações para um preso do presídio federal de Catanduvas (PR).

A "correspondência" incluía um pedido de informações sobre o traficante paraguaio Carlos Arias "Líder Cabral", rival de Fernandinho Beira-Mar e que dominava o tráfico em Capitán Bado e Coronel Sapucaia.

A mulher, que não teve o nome revelado, foi detida ao visitar o marido que cumpre pena no presídio federal de Catanduvas. Ela escondia os bilhetinhos no sutiã. O material constava nome de famílias que deveriam receber ajuda financeira do PCC e um pedido de informações sobre Líder Cabral.

Cabral foi preso pela Polícia Federal em julho deste ano, no Paraná. Ele era responsável por grande parte da maconha que entra no País. Com sua prisão, o tráfico na região de Capitán Bado ficou com seu rival, Felipe "Barón" Escurra, que tem ligações com o PCC e com o CV (Comando Vermelho). Escurra estaria organizando uma célula do CV, na região, a mando de Fernandinho Beira-Mar.

Na semana passada, um cunhado de Escurra foi assassinado a tiros. Em agosto, um dos capangas de Cabral foi fuzilado. As duas ações mostram que os grupos retomaram a guerra pelo controle do narcotráfico na fronteira.

De acordo com o jornal Gazeta do Povo, a PF e a direção do presídio não informaram o nome do preso responsável pelos bilhetes apreendidos, mas revelaram que ele é um dos líderes do PCC no Espírito Santo.

A mulher, que já cumpriu pena por tráfico de drogas, foi autuada na delegacia da PF em Cascavel (PR).

Sangue e Morte - Capitan Bado sempre foi palco das disputas entre os vários grupos de traficantes. Durante a guerra entre Fernandinho Beira-Mar e Líder Cabral, nos anos 90, várias pessoas foram mortas. Beira Mar teria dado a ordem para matar toda família de seu rival, inclusive.

A prisão de Cabral também levou à ascensão de Escurra. Essa prisão facilitou a vida de Escurra, já que Cabral planejava dizimar toda a quadrilha do adversário.

Informações da Senad (Secretaria Anti Drogas do Paraguai) indicam que semanas antes de ser preso, Cabral tinha se associado com traficantes de Pedro Juan para uma chacina em Capitan Bado.

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