Para o futuro, aposta é em plano diretor da drenagem

O crescimento não dimensionado da cidade é apontado como uma das principais causas para os problemas de alagamentos que Campo Grande vem enfrentando e que estão exigindo intervenções da administração pública para corrigir os problemas. Para o futuro, tenta a alternativa do planejamento para se antecipar aos estragos. Em dezembro, foi contratada pela prefeitura uma consultoria responsável por elaborar um plano diretor de drenagem urbana.

Esse plano vai criar regras tanto para obras publicas e privadas de escoamento da água na cidade. Hoje, não há qualquer regra nesse sentido. A prefeitura atual não sabe, sequer, como é detalhadamente a rede de drenagem na cidade, tanto que uma espécie de recadastramento vai ser feito, segundo informou o secretário de Obras Públicas, João Antônio De Marco.

Para o plano diretor, o secretário diz que a previsão é de que o trabalho da consultoria fique pronto em oito meses. Para colocá-lo em prática, porém, vão ser necessárias adaptações à lei, como por exemplo, adequar as sugestões à lei de uso do solo. Conforme De Marco, devem haver discussões com a sociedade até que as mudanças a serem propostas sejam definidas.

Cada um pode colaborar - Uma das alternativas existentes como afirmou à reportagem o professor universitário João Roberto Franco Marques, é que não só o poder público seja responsabilizado por se preocupar em drenar a água produzida pelas chuvas. Marques é mestre em Engenharia de Transportes e dá aula de Hidrologia na Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal).

Segundo ele, grandes empreendimentos imobiliários e o próprio cidadão podem colaborar com isso. Nas grandes obras, explica, o poder público pode obrigar o responsável a incluir no projeto um sistema de drenagem próprio.

Nas residências isso também é plausível. "