PM faz plantão contra invasões no Iguatemi

A Agehab (Agência Estadual de Habitação) requisitou a permanência de efetivo policial no conjunto habitacional Iguatemi, na saída para Cuiabá, para evitar que os imóveis sejam novamente invadidados. As fechaduras das casas também vão ser trocadas, procedimento usual neste tipo de situação.

Estão sendo retirados hoje invasores de 33 imóveis, por decisão judicial. A invasão ocorreu no dia 20 de setembro e a desocupação está sendo feita após um incêndio destruir uma das casas, ontem.

As famílias haviam recebido prazo de 10 dias, ontem, para deixar as casas, mas diante do incêndio, houve uma nova ordem judicial.

Equipes da Polícia Militar, da Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) estão no local, com cães treinados, acompanhando a saída das famílias.

Mudança na rua - No local, o cenário é de móveis espalhados pelas ruas, dada à indefinição para onde vão os invasores, que dizem não ter local para morar. Há também choro e reclamação por parte das pessoas que ocuparam as casas. Elas afirmam não connseguir ser enquadradas pelos programas de habitação.

Dois caminhões foram disponibilizados pela Agehab para levar os móveis para onde as famílias quiserem. Para as que não têm para onde levar a mobília, foi oferecido o Cetremi (Centro de Triagem do Migrante), possibilidade rejeitada por vários invasores.

O coordenador jurídico da Agehab, Marco Antônio Pereira Martins, acompanha a retirada das famílias. Sobre as reclamações de dificuldade de ser atendidas com imóveis populares, ele diz que em muitos casos, a simples falta de atualização do cadastro junto à agência impede que pessoas sejam beneficiadas.

Segundo ele, o déficit habitacional no Estado é de 80 mil casas e no atual governo houve contratação para construção de 50 mil imóveis populares.