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Cidades

PM's e bombeiros reforçam luta por piso

Redação | 10/12/2009 16:05

Cerca de 350 pessoas participaram na tarde de hoje da manifestação em favor da PEC 300, que unifica o piso salarial da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros em todo o País, na praça do Rádio Clube, em Campo Grande.

Apesar da expectativa de 3 mil participantes, o número foi bem menor, formado a maioria por praças dos bombeiros e da Polícia Militar, com o apoio de parentes. As associações das duas corporações também convocaram militares do interior, mas poucos vieram á capital nesta quinta-feira.

O presidente da Associação de subtenentes e sargentos da PM, Thiago Mônaco, lembrou que a PEC é importante para os militares, que "trabalham em situação atípica, arriscando suas vidas e merecem um salário a altura".

O salário de um soldado da PM, caso a PEC seja aprovada, passa a ser de quase R$ 4.000 reais, contra os R$ 1,7 iniciais pagos hoje em Mato Grosso do Sul.

O cabo do corpo de bombeiros, Robson Pereira, diz que a equiparação dos salários seria "um reconhecimento do governo" e também vai significar "tranquilidade para a população, uma vez que os militares vão realizar o trabalho mais dignamente", acredita.

A idéia de um salário alto, no mesmo nível da Polícia do Distrito Federal, resultaria em menos policiais fazendo "bicos", o que é proibido por lei, mas prática velada nas instituições por todo o País.

O cabo Maurício Barreto, 40 anos, 12 deles na PM, contou que ao ingressar na PM, em 1997, recebia R$ 175,00 reais. "Muitos policiais realizam bicos e assim se estressam mais na profissão e até com a família".

O estudante Alexandre Rodrigues, 23 anos, filho de um sargento da PM, diz que a remuneração dos PM costumava ser muito baixa e com o aumento previsto pela PEC, trará benefícios não apenas aos militares, mas também a suas famílias. "Há muito tempo eles esperam por isso", disse Alexandre, que estuda para prestar concurso da PM.

O ex-comandante da PM e deputado estadual, Ivan de Almeida, criticou a ausência da comunidade na manifestação, "a sociedade não sabe da importância da PM, por isso não está aqui".

O deputado também disse que o policial que ganha um salário maior e digno, "está menos propenso a cometer atos ilícitos".

Ivan acredita que o maior salário trará mais respeito da sociedade, "depois que os policiais federais ganharam o salário atual, viraram policiais de elite".

De acordo com o parlamentar, a Assembléia Legislativa irá colaborar com o transporte para os policiais do Estado irem à Brasília nos dias de votação da PEC.

O deputado Antônio Carlos Biffi (PT) esteve presente e avisou que não será fácil garantir que o salário das PM's do Brasil sejam o mesmo que no Distrito Federal, pois, os recursos do governo de Brasília são 95% provenientes da receita do governo federal, razão a qual os valores do salário.

Ele acrescenta que o presidente Lula já disse que assinaria a lei apenas se "os policiais fizerem barulho, muito barulho, para ele sentir o clamor popular". O deputado federal comenta também que a PEC prevê o piso salarial e a partir disto, cria um fundo federal para a segurança, que pagará parte dos salários.

Depois da manifestação, os policiais seguiram em passeata pelo centro da cidade. Passaram pela avenida Afonso pena, rua 14 de julho e marechal Rondon. A PEC deve ser votada pelo Congresso no ano que vem.

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