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Cidades

Pobre e sem casa, mulher não pode fugir de abusador e perde 4 filhos

Aliny Mary Dias e Viviane Oliveira | 20/03/2014 09:46

Uma mulher de 31 anos, mãe de cinco filhos e moradora do bairro Pioneiros em Campo Grande, procurou a Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (20) depois que o filho mais velho, de 15 anos, fugiu de casa. A história de R.C.N. poderia ser mais uma de um filho adolescente rebelde, mas o caso revela um drama familiar vivido há pelo menos 3 anos.

Na sala de espera da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro da Capital, diarista contou ao Campo Grande News que uma equipe do Conselho Tutelar foi até a casa dela no fim da tarde de ontem (19) para buscar os cinco filhos. Revoltado com a situação, o adolescente de 15 anos fugiu de casa e não foi mais visto.

Além do mais velho, a mulher tem outras quatro crianças de 12, 10, 4 e 2 anos. Todos vivem na mesma casa com a mãe, o tio e a avó.

Mas antes de chegar ao extremo de o Conselho Tutelar recolher as crianças, o caso vem sendo acompanhado pela Justiça há três anos. Conforme os relatos da mulher, em 2011, o irmão dela que mora com as crianças tentou abusar sexualmente da filha que hoje tem 12 anos.

À época, o caso só veio à tona depois que a escola percebeu o que a menina estava vivendo e chamou a polícia. Sem dar muitos detalhes do andamento do processo contra o irmão, R.C.N. afirma que o Conselho Tutelar estipulou um prazo para que ela saísse da casa onde vive com o irmão e levasse os filhos para longe dele.

“Meu irmão trabalha com reciclagem, minha mãe é aposentada e eu sou diarista. Minha mãe que mantém a casa e eu não consegui achar aluguéis que eu pudesse pagar”, desabafa a mulher.

Sem condições de morar sozinha com os filhos, a diarista passou pela revolta de ver uma equipe do Conselho levar os quatro filhos embora. Diante de todo o problema, a mãe procurou a polícia para denunciar o desaparecimento do filho de 15 anos.

O que ela quer agora é um defensor público para ajudá-la e ter os cinco filhos de volta. O caso só deve ser apurado depois do registro da ocorrência, que deve ser feito ainda na manhã de hoje.

O Campo Grande News entrou em contato com o Conselho Tutelar da região Sul, mas foi informado que o coordenador do local está em reunião e só poderá falar sobre o caso no período da tarde.

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