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Cidades

Procuradoria decide recorrer contra Zequinha Barbosa

Redação | 25/06/2009 07:46

A Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu recorrer da sentença do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que inocentou o ex-atleta e ex-secretário de Esportes de Mato Grosso do Sul, Zequinha Barbosa, e seu assessor Luiz Otávio Flôres da Anunciação do crime de exploração sexual.

A decisão revoltou profissionais que atuam na área de defesa de crianças e adolescentes. O ato foi considerado um retrocesso na luta contra a pedofilia e a exploração sexual infantil.

O parecer do ministro Arnaldo Esteves Lima, relator do caso na Quinta Turma do STJ, na semana passada foi acompanhado pelos ministros Napoleão Maia Filho - presidente, Felix Fischer, Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Jorge Mussi.

Eles optaram pela manutenção da decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que havia rejeitado a acusação contra dois réus de exploração sexual de menores.

O STJ considerou que não é crime um adulto pagar para manter relações sexuais com menores de 18 anos, considerando que um cliente ocasional não pode ser condenado por exploração sexual porque não foi ele quem iniciou a adolescente na prostituição.

Zequinha e o assessor respondiam processo por manter relações com meninas de até 12 anos, em Campo Grande, pelo valor de R$ 80 para duas adolescentes e R$ 60 para uma terceira garota.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Neide Castanha, critica o STJ por afrontar a legislação.

"Além de interpretar as leis, a Justiça serve para proporcionar um certo padrão ético e moral para a sociedade. Nesse caso, os ministros ignoraram esse padrão. Pela decisão entende-se que, se eu sou dona de um bordel, aí sim tem problema. Agora, se eu sou consumidor do sexo de jovens, não tem problema.

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