Retomada de vistorias para demarcação ainda é incógnita
A retomada dos estudos da Funai (Fundação Nacional do Índio) para demarcação de áreas em Mato Grosso do Sul, prevista para ocorrer na segunda-feira, ainda é uma incógnita. Produtores rurais e o governo não receberam qualquer informação sobre o reinício dos trabalhos.
"Como não ligaram para o governador ele não sabe se começa segunda", disse esta manhã o governador, André Puccinelli.
O presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior, acredita que neste primeiro momento os trabalhos se limitem a visitas a aldeias, uma vez que determinação judicial prevê a notificação de produtores antes de entrar em áreas particulares e isso não ocorreu.
Quanto às propostas da Funai, de indenizar produtores também pela terra nua, a cobrança é que isso seja feito de forma documentada, o que se daria através de PEC (Proposta de Emenda Constitucional).
Na próxima terça-feira, dia 21 de julho, produtores rurais de Dourados se reúnem para discutir o assunto. A reunião será partir de 18 horas, no Sindicato Rural.
O presidente da entidade, Marisvaldo Zeule, ressalta que o produtor está amparado legamente, porque tem escritura e documentação que comprovam a posse legítima.
Ele defende outras alternativas, como uso de terras da união e do tráfico para compensar indígenas. "Além do que acreditamos que não seja terra a solução. Veja em Panambizinho, temos 1.274 hectares e nem um pé de banana plantado", exemplifica.
