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Cidades

Sem ajuda da polícia, família procura por menino

Redação | 31/12/2007 10:10

Nesta segunda-feira, último dia do ano, Eliane Aparecida Nascimento Martins, repetiria o que fez neste domingo. Com a ajuda de vizinhos, ela percorreria bairros, feiras livres levando cartazes de Luiz Eduardo Martins Gonçalves, de 10 anos, desaparecido desde o dia 22. Sem a ajuda da polícia desde que começou o feriado prolongado, ela conta com a colaboração da comunidade.

No sábado, cerca de 50 pessoas fizeram um mutirão em um imenso terreno tomado pelo mato no Jardim das Hortênsias, onde o menino mora e sumiu. A mobilização até chamou a atenção da primeira-dama da cidade, Maria Atonieta Trad, que conseguiu levar o Corpo de Bombeiros ao bairro, na região do Aero Rancho.

Depois do mutirão, sem alternativas, Eliane conta que ficou até uma da madrugada na casa de uma vizinha, em frente ao terreno, esperando que "brotasse" alguma dica ou ajuda sobre o paradeiro do filho. Foi em vão, teve que ir pra casa mais um dia sem explicações sobre o sumiço.

Luiz Eduardo sumiu na noite do dia 22, quando deixou a casa do pai para ir à de Eliane, no mesmo bairro. Primeiro foi visto brincando com meninos e depois simplesmente desapareceu. Uma vizinha relatou ter visto o menino na manhã seguinte.

No terreno baldio foram encontrados os dois chinelos do garoto. Ontem, a comunidade voltou ao local para revirar um lixo, que tinha sido queimado depois que a mãe encerrou a vigília na madrugada. Nada suspeito foi encontrado.

Luiz Eduardo não é fujão e nem cria problemas, conta a mãe. Ela tem três filhos com o ex-marido, Roberto, também dedicado às buscas. O menino é o mais novo. O pai tem filhas, mais velhas, que às vezes levam os irmãos, mas o menino nunca foi sozinho para a casa delas, nas Moreninhas, ou mesmo para outros lugares, diz a mãe.

Eliane considera o Jardim das Hortênsias um bairro tranqüilo, mas disse que o trânsito de veículos aumentou muito nesse período de fim de ano.

O desparecimento foi relatado à Polícia Civil, que ouviu familiares e a comunidade. Um policial chegou a ir ao bairro e acompanhar a mãe nas buscas, mas iniciado o feriadão, não houve mais contato, diz ela.

A reportagem do Campo Grande News tentou procurou a Depca, a delegacia que cuida dos casos com crianças vítimas de violência, mas os telefones não atendem. A unidade está em recesso e há apenas plantões de delegacias. O diretor da Polícia Civil, Fernando Louzada, também foi procurado para informar se manteve equipe dedicado ao caso, mas o celular estava desligado.

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