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Cidades

Sem médico, posto inaugurado há 70 dias está fechado

Redação | 15/04/2010 14:18

Inaugurada há mais de 2 meses, a USBF (Unidade de Saúde Básica da Família) do bairro Vida Nova III, em Campo Grande, permanece fechada. Segundo a prefeitura, a dificuldade em contratar médicos comprometeu os planos de ativação.

No bairro, são muitas as reclamações dos moradores que têm que se deslocar ao posto 24 horas do Nova Bahia ou à unidade de atendimento do bairro São Francisco, que costumam ficar cheios por conta do excedente na demanda.

"O posto de lá é muito cheio", reclama a moradora Sueli Bezerra Paes, de 36 anos, que hoje levou a filha de quatro anos para consulta em outro bairro. Ela conta que para conseguir vaga é necessário dormir na unidade de saúde do Nova Bahia, e reclama da falta de previsão para que o posto do Vida Nova comece a funcionar.

Vizinho do posto, o pedreiro Edílson José Franco, de 41 anos, revela que várias pessoas costumam procurar atendimento no posto sem saber se funciona ou não.

Segundo Franco, os moradores já estão preparados para fazerem abaixo-assinado para que a unidade seja convertida em posto 24h, não apenas ambulatorial. Mas, eles esperam o início das atividades para dar início à movimentação. "Até hoje não atenderam", reclama.

"Se já estivesse funcionando ia ser bem mais fácil", explica o entregador Edmilson Silva Vieira, de 23 anos. Quando precisa de atendimento para os dois filhos, tem que ir a outros bairros, apesar de morar perto do posto.

Para a comerciante Zuleide Lisboa, de 52 anos, o prédio é um verdadeiro "elefante branco", porque por enquanto apenas ocupa espaço, mas não tem serventia nenhuma.

Risco - Presidente do bairro, Wildes dos Santos, de 59 anos, disse que ouve muitas reclamações dos moradores sobre o atraso no funcionamento. "Faltam médicos", justifica.

Santos revela o receio de que o prédio seja degradado enquanto não começa a funcionar efetivamente. A segurança é feita por guardas municipais. "Está conservado desse jeito porque a comunidade cuida", garante o representante dos moradores.

Ele diz que costuma "vigiar" o local nas madrugadas para que ele não seja alvo da ação de vândalos, mas espera que comecem logo os trabalhos. "A gente precisa do posto", ressalta.

Sem médicos - A explicação da Prefeitura é de que o início das atividades não ocorreu porque os médicos que prestaram o último concurso ainda não foram chamados.

Apesar de já divulgado o resultado do concurso, a fase de interposição de recursos atrasou o processo de ingresso dos aprovados.

As vagas abertas no último concurso foram para médicos, odontólogos, técnicos de enfermagem, e especialistas nas áreas de pediatria, acupuntura, homeopatia, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional.

A unidade possui cinco consultórios, sala de curativo, sala de odontologia, sala de vacina, sala de inalação, sala de farmácia e sala de reunião, feitos para atender famílias dos bairros Vida Nova, Zé Tavares, Nova Lima e famílias indígenas da Tarsila do Amaral e aldeia Água Bonita.

No dia da inauguração, a previsão dada para o início das atividades era de 30 dias.

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