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Cidades

Sensibilizados, militares querem ajudar mais o Haiti

Redação | 29/01/2010 09:45

Após passarem sete meses na missão de paz, no Haiti, os 27 militares que desembarcaram na última quarta-feira, em Campo Grande, contaram hoje, emocionados, que a saudade da família é grande, mas concorre com o desejo de continuar ajudando o País devastado pelo terremoto do dia 12 de janeiro.

Eles precisaram ficar em isolamento, seguindo protocolo das Forças Armadas, e somente na tarde de hoje poderão reencontrar os familiares.

Apesar da sensação de ter cumprido com o dever da missão, a situação em que o Haiti ficou após o terremoto frustra os militares. Eles contam que esperavam deixar o País "melhor do que estava" quando chegaram as tropas.

O sargento Adailton Brandão Miranda, 36 anos, conta que "mais uma experiência militar é uma experiência humana" e que desabafa que ainda está absorvendo o que aconteceu ao Haiti, porque já estavam próximo ao retorno quando ocorreu o terremoto, matando milhares de pessoas.

O sargento Valter Pereira dos Santos, 32 anos, há cinco anos está na carreira militar e conta "uma experiência que ninguém quer passar". Ele diz que estava em uma obra de orfanato no momento do terremoto e que estava sobre uma máquina quando a terra começou a tremer.

Ele diz que o episódio mais marcante foi ter salvado duas crianças que foram soterradas pelos escombros de uma igreja que desabou. "Todos meus valores mudaram hoje dou mais valor à vida e mais valor ao Brasil".

O capitão Fábio Ávila, engenheiro, de Cuiabá (MT), de 29 anos, ficou 8 meses no Haiti. Ele segue hoje para Cuiabá e vai se encontrar com a família amanhã. "Procuramos fazer nosso melhor para ajudar", diz. Com tristeza, ele lembra que amigos militares que morreram durante o terremoto.

O Exército brasileiro prepara novo contingente para auxiliar na reconstrução do Haiti e mais de dois mil militares já se habilitaram em Mato Grosso do Sul. Haverá uma seleção para definir quantos devem embarcar no mês de março.

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