Sesau descarta contratar leitos privados para suprir UTI
O secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, descartou, em reunião no MPE (Ministério Público Estadual), contratar leitos de hospitais particulares para suprir o déficit de leitos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ele justificou que a medida exigirá aporte de recursos e prejudicaria outras ações para sanar o problema na rede pública na Capital.
Na reunião, Mandetta explicou que o déficit de leitos em UTI é desde 2005. "Tem dois hospitais em Campo Grande que precisam de investimento, a Santa Casa e o Hospital Regional. Se o Ministério Público se movimentar via judicial, vai pegar o recurso que seria usado e jogará o custeio dos leitos que serão comprados", destacou.
Para a promotora de Justiça da Cidadania, Sara Francisco Silva, essa decisão não leva em conta os pacientes que estão na fila aguardando por uma vaga, podendo vir a morrer. Ela contou que a situação vem desde 2005 com o agravamento em 2008. "Tudo já foi tentado para se resolver o problema. Em julho de 2008, chegou-se no mesmo ponto que agora", disse
Sara Francisco ressalta que o Ministério Público possui os nomes dos pacientes que estão internados nas UTIs e daqueles que estão aguardando vagas em leitos de UTIs e que risco de morte, caso não sejam colocados em leitos adequados. A Promotora analisa o caso para ver se entra com uma ação civil Pública em caráter emergencial para que o problema seja solucionado.