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Cidades

Vestida de palhaça, mulher protesta acorrentada no HR

Redação | 17/08/2010 15:53

Quatro meses após fazer uma cirúrgia, a cabeleireira Edna Lima Bronze, de 33 anos, retornou ao Hospital Regional, em Campo Grande. Mas dessa vez para protestar. Acorrentada, ela alerta sobre a "falta de condições" do sistema de saúde pública.

Os problemas de Edna começaram no final de março deste ano. Sentindo fortes dores abdominais e hemorragia há 20 dias, foi pela primeira vez ao Posto de Saúde do Bairro Guanandi. Os médicos diagnosticaram infecção urinária, prescreveram anti-inflamatórios, analgésicos e a liberaram.

Após quatro dias de dores em casa, Edna diz que retornou ao Posto de Saúde. Para os médicos, ela disse que tinha a impressão de que seu organismo estava parando. O medicamento foi trocado, mas os médicos insistiam que o problema era de infecção.

Edna insistiu, permaneceu no Posto sentindo dores muito fortes e escreveu uma carta, onde intuía que seu problema era mais grave, relata. Segundo ela, só por conta de sua insistência os médicos começaram a analisar melhor o caso, insistindo, porém no diagnostico de infecção urinária, além de especularem que seu problema era psicológico.

"Retornei para casa sentindo dores de enlouquecer. Voltei para o Posto pela terceira e insisti que havia algo errado, que menstruava há 25 dias", relata.

No dia 4 de abril foi encaminhada para o Hospital Regional, onde passou por uma radiografia e acabou encaminhada imediatamente para o centro cirúrgico. O diagnóstico do hospital foi o de apendicite.

Ao acordar da cirurgia, Edna percebeu que além do corte tradicional da cirurgia de apêndice, tinha também um outro, maior, que começava acima do umbigo e terminava no púbis.

Com a chegada dos médicos, foi informada de seu verdadeiro problema: gravidez tubária rota, quando o feto é gerado fora do útero. Com o desenvolvimento da gravidez, a trompa se rompeu e o feto morreu, gerando uma hemorragia não detectada pelos médicos que fizeram o primeiro diagnóstico. O ovário e a trompa esquerda tiveram de ser retirados pelos médicos.

Cicatriz - Segundo Edna, os médicos que a atenderam eram nefrologistas, que não conseguiram diagnosticar o problema em tempo hábil. Além disso a cirurgia, que de acordo com ela foi feita por uma cirurgiã plástica, deixou cicratizes profundas apesar dos quatro meses já passados.

Em consulta a um médico de confiança, Edna foi informada que a cirurgia pela qual passou

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