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Em Pauta

100 dias que abalaram o Oriente Médio. Islâmicos avisaram que atacariam o mundo

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/11/2015 10:36
100 dias que abalaram o Oriente Médio. Islâmicos avisaram que atacariam o mundo

Estado Islâmico: uma serpente entre as pedras.

Pelas lentes da mídia ocidental, o Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIS) aparece como um grupo irracional que age sem motivos políticos, movido apenas pelo ódio religioso. As imagens de vídeos com requintes técnicos e estéticos produzidos pelos próprios militantes decapitando reféns são narradas, à exaustão, pelos meios de comunicação como sendo combatentes furiosos que não poupam mulheres nem crianças. Eles são capazes de cometer as piores atrocidades.

O líder do ISIS, auto intitulado Califa Abu Bakr al-Baghdadi, descreveu a estratégia militar de seu grupo como "uma serpente que se move entre pedras" usando suas forças como tropas de assalto quando se trata de atingir alvos considerados frágeis, mas evitando se atolar em batalhas prolongadas quando a correlação de forças se equilibra. É importante acompanhar a serpente desde seu nascimento, desvendar quem a alimenta, como ela se move e quais são as condições ambientais que permitem com que se fortaleça e se prolifere.

100 dias que abalaram o Oriente Médio. Islâmicos avisaram que atacariam o mundo
100 dias que abalaram o Oriente Médio. Islâmicos avisaram que atacariam o mundo

Os 100 dias que abalaram o Oriente Médio. E a Terra?

No verão de 2014, ao longo de 100 dias, o ISIS transformou a política do Oriente Médio. Combatentes combinaram fanatismo religioso e expertise militar para alcançar vitórias espetaculares e inesperadas contra forças da Síria, do Iraque e dos curdos. O ISIS chegou a controlar a oposição sunita aos governos de Bagdá e Damasco e se espalhou por toda parte. Durante essa rápida ascensão, agiu como que intoxicado por seus próprios triunfos. Não se preocupou com a expansão de sua lista de inimigos, que passou a incluir nações como os Estados Unidos e o Irã. A Arábia Saudita e as monarquias sunitas do Golfo Pérsico, aliaram-se aos ataques aéreos dos norte-americanos sobre o ISIS na síria, porque sentiram que o grupo representava ameça à sua própria sobrevivência. O Iraque e a Síria chegaram à beira da desintegração quando suas comunidades perceberam que precisavam lutar pela sua própria existência. O ISIS matou ou forçou a fuga de todos aqueles que mesmo mulçumanos foram acusados como sendo "apóstatas" ou "politeístas". Ou que simplesmente se colocaram contra seu domínio. Ei-los chegando à Europa e até ao Brasil. Os líderes do ISIS eram produtos de uma década de guerra na Síria e no Iraque, e o martírio deliberado, por meio de bombas suicidas, foi uma prática central entre suas táticas militares. A data crucial foi 10 de junho de 2014, quando o ISIS capturou Mosul, capital do norte do Iraque, após quatro dias de luta. Em 23 de setembro, os EUA ampliaram o uso de força militar na Síria, para prevenir a expansão do ISIS. Nos pouco mais de 100 dias que separaram os dois eventos, o ISIS avançou e derrotou com facilidade inimigos superiores em número e melhor equipados. Como seria de se esperar, atribuiu esses sucessos à intervenção divina. O governo iraquiano dispunha de um exército com 350 mil soldados, no qual havia investido US$ 41 bilhões. Essas forças derreteram. Logo a seguir, anunciaram a criação de um Califado, que avançava profundamente na Síria e no Iraque. Seu Líder, Abu Bakr al-Baghdadi, afirmou tratar-se de "um Estado onde árabes e não árabes, homens brancos e negros, orientais e ocidentais são todos irmãos...A Síria não é para o sírios e o Iraque não é para os iraquianos. A Terra é de Alá". Repetindo: "a Terra é de Alá". Entenderam o objetivo do ISIS?

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Escola militarizada ou professor intimidado. Os dois lados da moeda educacional brasileira.

Marcha soldado.....O cotidiano dos quartéis já é uma realidade para mais de 90 escolas públicas. São administradas pelo exército ou pela polícia militar. Vivem sob a égide da hierarquia e disciplina inerentes à caserna. Regra geral, seus estudantes obtêm bons resultados nos testes do Ministério da Educação. A crítica formulada por muitos professores universitários a elas é a ausência de uma educação que possibilite a oposição e, obviamente, a crítica. Grêmios são proibidos e pais não são ouvidos.

No outro lado da sala de aula estão uma imensa gama de linhas pedagógicas - montessoriana, construtivista, progressista libertadora, liberal tradicional, tecnicista e pedagogia Waldorf. Atendendo a uma dessas linhas, ou a nenhuma, estão as demais escolas brasileiras. Com as devidas exceções, decorrentes mais do esforço e pertinácia dos professores e pais de alunos, as escolas fora dos quartéis apresentam poucos resultados. Uma pesquisa realizada em 2014 indica que 12,5% de seus professores já sofreram algum tipo de agressão verbal ou intimidação praticada por estudantes. Os resultados nos testes educacionais, na imensa maioria, são pífios. Uma pátria educadora?

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Jovens brasileiros, com menos de 20 anos, se preocupam com a crise do emprego.

Eles estão vivendo a sua primeira crise econômica. Viveram em um país com inflação controlada, renda em alta, consumo elevadíssimo e desemprego quase inexistente. Quase 35 milhões de pessoas estão nessa faixa etária, o equivalente a mais de 16% da população. De acordo com uma pesquisa da J.Walter Thompson (JWT), 76% dos entrevistados dizem estar preocupados com a economia e 73% sofrem com a ansiedade de não conquistar sucesso na vida. A pesquisa também mostra que " apesar de ser avançada em questões como a sexualidade a geração Z (menos de 20 anos) ainda é conservadora na questão do trabalho, preocupando-se com a estabilidade de ter um emprego".

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