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Em Pauta

Brasil vê o surgimento de uma nova Torre de Babel

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/03/2016 07:46
Brasil vê o surgimento de uma nova Torre de Babel
Brasil vê o surgimento de uma nova Torre de Babel

"Se você tem certeza sobre alguma coisa é porque está mal informado". Esta é uma das frases que ultimamente mais tem surgido nos murais do Facebook brasileiro. É uma síntese perfeita do que está acontecendo aqui. O Brasil está se afogando em narrativas.

A história escorre pelos dedos dos brasileiros. Ninguém consegue afirmar com certeza o que restará do "pai dos pobres", do herói de toda uma geração de esquerda. A conversa com eles é um prato de dor. É difícil, é triste, é inconcebível para muitos de meus amigos de geração, aceitar a dura hipótese de Lula ter se esquecido do que era ser um homem bom. Ou de nunca ter sido um bom homem.

A sua queda em desgraça não é apenas dele, é a de milhares, talvez milhões de bons cidadãos que enveredaram pelo deslumbrante caminho do lulismo. E agora estão meio perdidos. A destruição da imagem de Lula é a destruição de milhões de projetos de vida. Muitos deles aplaudidos pela maioria da sociedade. Um dia os petistas venceram. Hoje, estão a meio passo da mais fragorosa derrota. Quem assumir o poder será implacável? Como será o "Dia Seguinte Pós Dilma"? É difícil para os opositores do PT acreditarem nas boas intenções de seus militantes. O inverso também. Eles leem o mesmo livro mas com sinais cruzados.

O branco de um é o preto do outro. E vice-versa. E versa-vice. A língua falada pelas partes pode ser o português, mas os dicionários usados não são os mesmos. As palavras ganham significado diferentes, dependendo de quem as diz, de quem as ouve, de quem as lê. É exatamente assim que um país transforma-se em uma Torre de Babel. É assim que um país pode chegar ao caos.

Brasil vê o surgimento de uma nova Torre de Babel

Protestos contra Dilma: Foi num baile...

O baile não foi em Assunção, como canta a música famosa. Foi na Arena Corinthians. Dois maestros paraguaios, Romero e Balbuena, regiam o futebol com três belos gols, enquanto a torcida cantava músicas de protestos contra o governo Dilma. Fez juz a sua história. A Democracia Corinthiana imperou no futebol brasileiro nos tempos duros da ditadura. O time e a torcida Corinthiana, naqueles tempos, eram os únicos a se manifestar. Passaram-se os anos.

A Arena Corinthians foi palco da primeira manifestação contra o governo Dilma em um estádio. Na abertura da Copa do Mundo, a presidente da República, foi alvo de minutos de apupos. Foi recebida com hostilidade. Agora, o time do povo volta a fazer história: pela primeira vez, a grande maioria dos torcedores presentes em um estádio manifestaram seu desejo pelo impedimento de Dilma. Será o único, novamente?

Brasil vê o surgimento de uma nova Torre de Babel

14 dias que abalaram o Brasil. 45 dias que abalarão ainda mais.

Ufa! Foram 14 dias em que o Brasil esteve por um fio da asa de um mosquito para explodir. Milhares, talvez milhões, de brasileiros apostando firmemente em uma guerra civil ou algo semelhante. Todos com o velho e ignorante discurso: "só cresceremos com sangue derramado", "os Estados Unidos só desenvolveram após a guerra civil". Calma coração.

Se os gringos tiveram uma guerra civil, nós tivemos dezenas dessas atrocidades. Fiquemos apenas em uma - Canudos foi uma matança de brasileiros que poucos países copiaram. Foi a Guerra do Fim do Mundo. Esqueceram? Mas, se saímos quase ilesos desses malfadados 14 dias, apenas com narizes quebrados e escoriações leves, outros 45 dias nos aguardam.

O relógio do julgamento político começa a andar adicionando ainda mais pressão a uma panela prestes a explodir. O relógio do impeachment e da prisão-Moro continua andando, incontrolável, uma bomba-relógio, rumo a uma votação que somente ocorrerá dentro de um mês a um mês e meio e que aprisionou toda a nação política. Um ativista anti-governo alertava um amigo: "Temos 45 dias pela frente que serão decisivos". Um sindicalista, pró-governo, disse as mesmas palavras para seu companheiro.

Brasil vê o surgimento de uma nova Torre de Babel
Brasil vê o surgimento de uma nova Torre de Babel

Vem ai um forno que lhe permitirá ver seu assado no celular.

Em julho de 2016, a Electrolux lançará um forno conectado a seu celular. Um aplicativo dirá quando você deve preparar cada parte do cardápio e garantirá que o forno mantenha sempre a temperatura constante. Eletrodomésticos conectados - fornos, máquinas de lavar e geladeira - são há muito um sonho dos fabricantes. Mas, de modo geral, não conseguiram popularizar esses aparelhos, pois são vistos como caros pelos consumidores. A Electrolux pretende quebrar essa barreira com o forno conectado ao celular.

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