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Em Pauta

Confinamento – o empresário e piloto de corridas Xandy Negrão acelera

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/01/2014 07:40
Confinamento – o empresário e piloto de corridas Xandy Negrão acelera

Confinar ainda é incipiente, mas rendeu 3,3 milhões de animais prontos em 2013

No Brasil, confinar gado ainda é uma atividade incipiente entre os pecuaristas. Hoje, os animais engordados em sistemas intensivos não chegam a 10% do total abatido pelos frigoríficos do País, volume estimado em cerca de 38 milhões de cabeças por ano. Em 2013, os confinadores terminaram o ano com cerca de 3,3 milhões de animais prontos para o abate.

Um dos grandes projetos com objetivos definidos e gestão afinada é tocado pelo empresário Alexandre Funari Negrão, da Fazenda Conforto em Goiás. Xandy Negrão, como é chamado o ex-dono dos laboratórios Medley e piloto de corrida de carros na fórmula GT Brasil que confinou, em 2013, 80 mil bois, um aumento de 15% em relação a 2012. Ele diz que quem confina precisa pensar em escala e produtividade, para isso ele conta com parceiros que criam bezerros que serão engordados e finalizados em sua fazenda.

Nos 20 mil hectares de terras da Conforto, 120 produtores entregam seus bois magros ou bezerros para a engorda. E essa fazenda ainda conta com uma gestão sustentável, conciliando rentabilidade e meio ambiente. Para 2014 a meta é abater animais cada vez mais jovens, que ganham peso rapidamente através de melhorias na dieta, em busca de maior eficiência.

Confinamento – o empresário e piloto de corridas Xandy Negrão acelera

Sustentabilidade nas fazendas – os exemplos estão no Mato Grosso do Sul

Assinar carteira de trabalho, recolher encargos, pagar férias e décimo-terceiro salário, atender as exigências relacionadas com as áreas de preservação permanente, reserva legal, licenciamento ambiental e de disposição de resíduos. Estas são algumas ações e deveres preconizadas pelo Programa de Boas Práticas Agropecuárias da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Elementar, meu caro, diria o Sherlock e multidões de brasileiros. Para a pecuária quem exercita tais ações de boa gestão econômica e financeira, tem responsabilidade social, gestão ambiental, se preocupa com as instalações, com o manejo pré-abate, com bons tratos, formação de pastagens, suplementação alimentar e controle sanitário não é elementar é premiado.

A boa notícia está é que o Mato Grosso do Sul foi agraciado com quatro dos cinco prêmios das Boas Práticas Agropecuárias. Fazenda Cachoeirão em Bandeirantes ficou em primeiro lugar. A Nossa Senhora das Graças em Caarapó em segundo, o terceiro lugar coube à Fazenda Cabeceira do Prata em Jardim e a Fazenda Paraíso em Campo Grande ficou com o quinto lugar. Perdemos apenas o quarto lugar para uma fazenda do Pará. Um avanço importante na cultura bovina a ser copiado por todos que negam a modernidade e odeiam transformar suas fazendas em fonte de bons rendimentos financeiros.

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Ex-plantadores de coca investem em cacau orgânico no Peru

A América Latina tem dois bons exemplos de iniciativas para a redução da dependência da população do tráfico de drogas. No Paraguai e Peru, a produção de maconha e coca respectivamente, tem sido trocada pela pecuária e agricultura. São exemplos ainda perdidos no distante espaço entre o lucro da agricultura e do tráfico, mas que merecem registro. No Paraguai, países da União Europeia garantem a compra do gado como forma de incentivar a produção. Já no Peru, é o cacau que toma conta dos campos antes forrados com a folha da coca.

Agricultores optam pelo plantio orgânico e sustentável do cacau na província de San Martín, considerada região fértil e quente entre a Cordilheira dos Andes e a Amazônia brasileira. Os campos ficam a 1 mil km de Lima, a capital peruana, em uma área antes dominada pelo grupo guerrilheiro Sendero Luminoso. A população, antes sob o jugo de bandidos e corruptos, viu um salto na qualidade de vida, com melhoria de condições de moradia e educação. Conforme a Devida (Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Vida sem Drogas), o índice de pobreza caiu de 70% para 31% em dez anos.

Se antes manuseavam a coca, hoje os moradores atuam na produção de 12 mil toneladas de cacau, o que corresponde a um terço do plantio naquele país. O Peru ocupa o décimo segundo lugar no mundo na produção de cacau. Como faz com o Paraguai, a União Europeia também contribui para a manutenção dos campos da fruta. Foram 36 milhões de euros aplicados nos últimos anos.

Belo exemplo que pode ser seguido no Brasil, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde não há expressiva produção de drogas, na comparação com os países vizinhos, mas por onde passam 85% de todo o entorpecente levado para os demais Estados e, de lá, para o mundo.
A Polícia Federal registrou recorde histórico de apreensões em 2013. Foram apreendidas 256 toneladas de drogas. Do montante: 35,7 toneladas de cocaína e 220,7 toneladas de maconha.

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Desaceleração do crescimento econômico em grandes cidades latino-americanas

As cidades pequenas estão crescendo e as metrópoles estáticas na América Latina. O fenômeno é uma inversão da localização do motor econômico de crescimento da região, antes focalizado nos grandes centros urbanos. A realidade, segundo o instituto Euromonitor, perdurou ao longo do século 20, mas já em 2012, ao menos 30% do PIB (Produto Interno Bruto) já não derivava mais somente dos grandes centros. A concentração era em apenas 15 metrópoles. Entre as explicações está a descentralização demográfica ocorrida, principalmente, entre 2005 e 2012, período em que 12 de 15 grandes centros registraram crescimento populacional abaixo da média nacional.

Mesmo com a descentralização populacional, ainda ficam nos grandes centros as atividades de maior valor agregado e que demandam trabalhadores mais qualificados. E os problemas, sempre eles, estão relacionados também com a falta de planejamento urbano, economia informal forte e crescente, bem como a desigualdade de renda. Juntas, as características destroem o dinamismo urbano. Entre as estratégias para chamar a atenção global para as pequenas cidades, no Brasil, está a Copa, mas ao contrário do que sugere o Euromonitor, com ela não viram melhor planejamento urbano e obras de interesse coletivo. Ainda é dúvida o que será feito com muitos estádios que já exibem dentes de marfim e ficam cinza. Teremos muitos elefantes brancos.

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ONU pede US$ 1 bi para crianças sírias

Na semana em que anunciou que vai parar de contar os mortos da Síra, a ONU (Organização das Nações Unidas) também lança uma campanha em prol das crianças daquele país. O objetivo é arrecadar US$ 1 bilhão para os pequenos afetados no conflito e que estão em campos de refugiados no Iraque. Sob o nome Sem Geração Perdida, o objetivo é arrecadar recursos que garantam educação e apoio psicológico para cerca de 3 milhões de crianças.

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Canadá registra primeira morte por gripe aviária

E vem da América do Norte uma notícia que faz tremer todo o mundo. Foi confirmada ontem a primeira morte causada pela gripe aviária H5N1. O caso foi registrado no Canadá, na província de Alberta por uma pessoa que esteve há dias na China. Para os ministros da saúde do Canadá, o caso não oferece risco à população. A vítima em questão, contudo, morreu.

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