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Em Pauta

Conta de luz 15% mais cara ou superávit primário menor que 2%?

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/02/2014 08:05
Conta de luz 15% mais cara ou superávit primário menor que 2%?

Preço da energia ou superávit primário: dilema

Esta é a dúvida que paira sobre os governantes em Brasília. Devido à escassez de chuvas no Centro-Sul do país, o acionamento das usinas térmicas foi inevitável e ocorreu intensivamente. Esse gasto, não computado no Orçamento da União, deverá variar entre R$ 10 e R$ 12 bilhões. Não conseguirão compatibilizar com as demais despesas que ocorrerão no transcurso do ano e, ainda mais, em um ano eleitoral onde até um pequeno gasto com uma ONG de menor importância que não seja executado e pago significa perdas de votos, ainda que as pesquisas eleitorais continuem dando por encerrado o pleito no primeiro turno com a reeleição da presidente Dilma Roussef.

A ideia que por enquanto norteia Brasília é a de repassar para os consumidores a metade das despesas com as usinas térmicas, o que equivaleria a uma majoração de 15% nas contas. Os governantes temem a reação popular após a Presidenta Dilma ter falado, em cadeia nacional de rádio e televisão, que as contas de luz teriam redução de 20%.

Mesmo com o pagamento de metade das despesas pelo uso das usinas térmicas a ser feito pela população, ainda assim o outro receio de Brasília é o do não cumprimento do compromisso de obter uma meta de 2% de superávit primário, que afetaria as agências encarregadas de fiscalizar os países com maior ou menor capacidade de dar o calote nas dívidas internacionais. A dúvida está estabelecida. Qual o menor prejuízo para o país e para os interesses eleitorais?

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Vermelho é a cor da marca mais influente e poderosa do mundo

A Ferrari é a marca mais poderosa e influente do mundo, como afirma a consultoria de Brand-finance, responsável por ranking global de avaliação de marcas. No relatório divulgado ontem, a escuderia italiana lidera uma lista de 500 marcas pelo segundo ano consecutivo. Conforme o relatório, a pontuação da Ferrari é lendária. Entre os itens considerados estão a lealdade, a confiança do consumidor, a identidade visual, a presença online e a satisfação dos funcionários.

A marca Google aparece em segundo lugar, seguida pela Hermes, Coca Cola, Disney, Rolex e Red Bull. Sobre o desempenho da Ferrari, o diretor da consultoria, David Haigh, afirmou que "O cavalo empinado em um emblema amarelo é imediatamente reconhecível em todo o mundo, até mesmo onde as estradas pavimentadas ainda não chegaram. No seu país de origem e entre seus muitos admiradores em todo o mundo, Ferrari inspira mais do que a lealdade só marca, mas uma devoção, mesmo quase religiosa. O seu poder de marca é indiscutível".

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As faces da classe média brasileira e a disputada classe C

É responsável por 58% do movimento do crédito no país e injeta R$ 1 trilhão na economia. Os dados, divulgados ontem, são da Serasa Experian que fez pesquisa em parceria com o Data Popular. O objetivo do estudo Faces da Classe Média é subsidiar empresas, gestores de políticas públicas e agências de marketing para direcionar produtos a esta faixa de consumidores.

Tanto empenho é evidente pelos expressivos números da classe C, composta por 108 milhões de pessoas. De acordo com a comparação do estudo, se formasse um país, seria mais populoso que a Alemanha, o Egito e a França. E tem elevadíssimo cacife para consumo. A previsão para 2014 é de 8,5 milhões de viagens nacionais, 6,7 milhões de aparelhos de TV, 4,8 milhões de geladeiras e 4,5 milhões de tablets.

Na pesquisa foram encontrados quatro diferentes perfis de consumidores. Promissores: gastam em beleza, veículos, educação, entretenimento, itens para casa e tecnologia. Os principais produtos e serviços que querem consumir em 2014 são academia de ginástica, faculdade, curso profissionalizante, móveis para casa, notebook, smartphone, carro e moto.

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E há os batalhadores, experientes e empreendedores

Batalhadores: consideram o emprego o caminho para a estabilidade, para a realização de sonhos e desejos. Como conseguiram a casa própria, o carro, o estudo dos filhos, projetam melhorias para a geração futura. Veem no estudo oportunidade para ascensão social. Usam largamente o crédito e focam as prioridades no bem-estar da família.

Gastam em turismo nacional, veículos, eletroeletrônicos, imóveis, móveis, eletrodomésticos e seguros. Para 2014 desejam viagens de avião para destinos nacionais, móveis para casa, máquina de lavar, TV (Plasma, LCD e LED), imóvel e carro.

Experientes: estão no momento pós-aposentadoria e tentam se mercado de trabalho para preservar o padrão de consumo. Também gastam em turismo nacional, eletroeletrônicos, serviços de saúde, móveis e eletrodomésticos. Sonham com viagem de avião para lugares nacionais, móveis para casa, geladeira, máquina de lavar e TV (Plasma, LCD ou LED) para este ano.

Empreendedores: primam pela liberdade. Investem em educação, eletroeletrônicos, turismo internacional, tecnologia, veículos e entretenimento. Desejam um 2014 com cursos profissionalizantes, viagens de avião ao exterior, móveis para casa, notebook, tablet, TV (Plasma/LCD/LED) e carro.

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Mas, afinal, quais são os números de cada perfil?

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Sabe a Amazon, pois é, saiba mais

A Amazon alcançou a posição de uma super loja global. E não está limitada à venda de livros, como a Apple ela é uma produtora de hardwares, como a Netflix ela é uma distribuidora de vídeos, além de publicar livros, produzir filmes e entregar compras de supermercado. A empresa ainda não funciona como um serviço de entrega de pacotes, como a U.P.S. nos Estados Unidos. Jeff Bezos, o dono da empresa ainda tem um grande jornal, o Washington Post. Todos os braços da empresa fizeram dela algo novo na história da economia. O segredo da Amazon está na fluidez, ainda que ela seja reconhecida como vendedora de livros por muitos, os espaços do mercado que ela ocupa são mutáveis e seus objetivos não são evidentes, tais características tornaram-na intimidante.

Aquilo que move Bezos é a ambição. A imagem do rio Amazonas, que inspirou o nome do site, é bastante adequada, como um rio caudaloso em movimento, vai deitando seus braços por novos espaços e está em constante transformação. Trata-se da “Loja de Tudo”.

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Livro, um produto à venda e com elevado potencial de rendimentos

No início, a Amazon foi uma loja de livros e não foi o amor por livros que fez com que Bezos começasse seu negócio, mas, pelo potencial dos livros como produto. Eles são fáceis de transportar e difíceis de quebrar, e Bezos teve acesso a uma grande distribuidora de livros no Oregon. Eram muitos livros para serem vendidos e nem mesmo uma fração deles poderia ser disposta em uma loja física.

A ampla exposição pela internet deu à Amazon uma vantagem inicial, e a receita para vender “Tudo” ou “qualquer coisa”. Os riscos de uma loja de livros na internet em 1994 não eram poucos, levando em conta a desconfiança do mundo editorial (e de todo mundo) sobre o futuro da internet e um mercado que não era aficionado por livros.

Em 1995, Bezos passou a promover a Amazon como a “maior loja de livros do mundo”, situada no ainda temido cyber espaço e com o objetivo de atingir uma clientela seleta de leitores, com livros com o preço próximo ao preço de custo. A aposta estava no aumento do volume de vendas. A Amazon, depois de coletar os dados de milhares de leitores poderia vender tudo mais barato pela Internet.

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Ousadia e sucesso resultam em US$ 75 bilhões em faturamento

Muito antes do Google e do Facebook, Bezos já sabia da importância de coletar os dados dos consumidores. As estimativas indicam que, dos US$ 75 bilhões de vendas da empresa, apenas 7% seja referente a livros. Enquanto a empresa afirma promover um mundo mais letrado, seus concorrentes a veem como mais uma empresa predadora. A recente decisão de produzir seu próprio conteúdo – publicar livros – indica mais um passo no sentido da formação de um monopólio, em que se controlam os meios de produção e as formas de distribuição. De acordo com o sucesso das publicações, poderia dar à Amazon um controle incomensurável sobre a troca de ideias.

Na década de 1990, a gigante dos livros era outra: a rede Barnes & Noble. Quando a Amazon surgiu, as editoras passaram a ter um novo comprador que pagava rápido e que vendia seus livros antigos como as novas publicações. O império da rede foi tomado, pois as editoras eram obrigadas a comprar de volta os livros não vendidos nas lojas físicas, enquanto que a Amazon não possui este problema. Pelo contrário, as editoras procuraram colaborar com o site, quanto mais métodos disponíveis sobre os livros, maior a chance de venda, um cenário em que as duas partes saíam ganhando. Já em 1997, Bezos tinha planos de expansão, vender música. Na sequência vieram os DVDs e eletrônicos. Os livros eram (e continuam sendo) uma isca, a forma de pegar os nomes e dados dos clientes.

Outro aspecto da empresa é o segredo. Sabendo a importância dos dados, eles não entregam seus próprios dados para qualquer um. Os empregados precisam manter sigilo sobre suas atividades que não envolvem uma tarefa específica, mas se tornar um “Amazônico”. A personalidade da maioria dos “amazônicos” indica que eles são introvertidos, detalhistas e calculistas. Ou seja, aqueles que se graduam com as notas mais altas da turma de engenharia, mas não sabem conversar com uma mulher em um bar.

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Muitos, muitos livros no Kindle

Em 2003, a Amazon introduziu a possibilidade de serem feitas buscas dentro dos livros, um passo importante para o futuro dos E-books. Em 2004, eles decidiram criar um laboratório no Vale do Silício após ver a Apple ter dominado o mercado de música com o Ipod e o Itunes. Em 2007 foi lançado o Kindle, um aparelho leve e simples que podia armazenar até 200 livros eletrônicos que poderiam ser comprados na própria Amazon.

A ameaça que os livros digitais representava para as livrarias era iminente. Elas, que dependiam dos livros de capa dura (nos EUA há uma diferença significativa nos preços dos livros de capa mole e dura) se sentiram ameaçadas, pois, além de controlar 90% do mercado dos livros digitais, tinham preços muito menores. As editoras também se sentiram ameaçadas com a Amazon e foram atrás de alguma empresa que pudesse rivalizar com a gigante.

A Apple foi a alternativa, com a promoção do IPad e IBooks. Cinco das seis maiores editoras dos EUA fecharam um acordo com a Apple em que elas definiam o preço dos livros digitais e a Apple ficava com uma comissão de 30% em cada venda. Em 2012 a Amazon apresentou uma reclamação e o Departamento de Justiça processou a Apple e as editoras. A Penguin, por exemplo, foi obrigada a pagar US$ 75 milhões. A Apple tentou lutar contra as acusações, mas acabou perdendo. A empresa apelou, e considera ter perdido US$ 840 milhões e afirma que quem estava errada era a Amazon por ter o monopólio dos livros digitais. Atualmente a Amazon possui cerca de 65% do mercado de livros digitais, o resto vai para a Apple ou para a Barnes &Noble.

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