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Em Pauta

Em 2014, não haverá necessidade de ter conta em banco para ter cartão

Mário Sérgio Lorenzetto | 03/12/2013 08:25
Em 2014, não haverá necessidade de ter conta em banco para ter cartão

Banco Central libera lançamento de produtos e soluções para eliminar o dinheiro físico

O Banco Central anunciou as primeiras medidas para regulamentar o setor de pagamentos móveis. Amplamente esperada pelo mercado, essa legislação deverá provocar uma enxurrada de lançamentos. Nos últimos meses, o anúncio de produtos e soluções para eliminar o dinheiro físico envolveu desde startups com meia dúzia de funcionários até gigantes como Banco do Brasil, Bradesco, Claro e Vivo. Maior novidade no mundo financeiro, os pagamentos móveis vão dominar os negócios e definir boa parte dos gastos com tecnologia ao longo dos próximos anos.

As novidades englobam desde transações prosaicas, como transformar vales-transporte em cartões pré-pagos, até sistemas mais complexos, que permitem a empresas controlar as despesas de seus funcionários com táxis. No entanto, o que interessa realmente às autoridades e bancos é reduzir o uso do dinheiro-papel na economia.

Em 2014, não haverá necessidade de ter conta em banco para ter cartão

Inclusão bancária maior e melhores lucros para, claro, os bancos

Os meios eletrônicos são a maneira mais fácil e barata de permitir a inclusão bancária de uma enorme parcela da população. Um efeito colateral extremamente apreciado pelas autoridades será facilitar o rastreamento e a tributação dos movimentos financeiros na economia, algo hoje bastante opaco.

Os bancos comemoram o corte de custos em potencial. A manipulação do dinheiro físico custa entre 0,8% e 1,5% do PIB. Os pagamentos em dinheiro movimentam R$650 bilhões anualmente no país. As transações com cartões deverão superar R$800 bilhões neste ano, mas seu crescimento estava esbarrando em uma muralha legal. Para se ter um cartão de débito ou de crédito, é preciso ter uma conta em um banco. Isso implica em ter CPF, endereço fixo e nome sem restrições nos cadastros de bons pagadores. Pelas contas dos especialistas do setor, essas exigências impedem o acesso de 40 milhões de brasileiros ao dinheiro eletrônico.

Em 2014, não haverá necessidade de ter conta em banco para ter cartão

Tendência forçou até o Banco Central a correr atrás da modernidade

Para driblar essa dificuldade, o Banco Central autorizou a criação das chamadas “contas de pagamentos” e dos bancos de pagamentos. Instituições financeiras mais simples, elas permitem a movimentação de dinheiro, mas não captam recursos no mercado nem concedem empréstimos.

O Banco Central nada mais fez que correr atrás da modernidade. Em um país onde 2.000 garotas de programa organizadas em uma entidade ( Associação de Prostitutas de Minas Gerais) fecharam um convênio com a Caixa Econômica Federal para usar a “maquininha” e receber por seus serviços com cartões de crédito e débito, não era possível continuar cerceando o uso do dinheiro de plástico. Os próximos meses prometem ser agitados no mundo financeiro.

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Não faltarão gás nem petróleo no Brasil – depois da Libra, vem o Franco

O leilão de Libra, considerada a maior reserva de petróleo do Brasil, não foi a maravilha que se imaginava, mas para o longo prazo será muito importante. Se os negócios com Libra não foram excelentes, nos próximos anos teremos outra Libra, talvez maior. A ANP (Agência Nacional de Petróleo) acaba de informar que a reserva de Franco, no pré-sal da Bacia de Santos tem tamanho similar ao de Libra.

Outra informação da área petrolífera veio da Agência Internacional de Energia, afirma que o Brasil será o sexto maior produtor de petróleo do mundo até 2035, colaborando com um terço de todo o aumento da produção mundial.

A produção nacional deverá triplicar, saindo dos atuais 2 milhões para cerca de 6 milhões de barris diários. Também, essa agência, afirma que a produção de gás brasileira deverá quintuplicar e será suficiente para atender toda a demanda doméstica até 2030.

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CNI proporá uma modernização trabalhista.

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) Robson Andrade pretende apresentar, “discretamente”, à equipe da presidenta Dilma, nos próximos meses, uma proposta de modernização da legislação trabalhista. A iniciativa tem como meta reduzir os custos e a burocracia enfrentados pelo empresariado. O objetivo é elevara a competitividade da indústria nacional. Ele afirma que em uma economia que vive o pleno emprego, o foco deve ser a geração das vagas de qualidade. Em 2012, a CNI, lançou o relatório “101 propostas para modernização trabalhista”. Não obteve divulgação nem sucesso.

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Quero ser chique!

A mortadela é “ouro”. Sanduíche do Mc Donald’s é “De Luxe. A conta bancária é “Prime ou Personalité”. Uma montanha de comidas, todas “gourmet”. Os sabonetes são “ultra”. A cerveja é “Extra ou Gold”. Até a popular cachaça ficou chique, agora é “Reserva Extra”. Agora, o mais chique mesmo é você. Você deixou de ser um simples indivíduo, virou um “premiumizado”. Premiu...o quê? Calma, não é palavrão.

De acordo com quem vende para pessoas chiques, o premiumizado é um indivíduo que cansou da mesmice e quer se diferenciar. O premiumizado quer ser “premium”.

O mercado está de olho nessa nova vertente. Marcas, antes reconhecidas como populares, vendem produtos com toque de sofisticação. Basta dar uma volta no supermercado ou em algum shopping para se deparar com essa variedade de linhas e rótulos. Tem de tudo, do carro à cerveja; da roupa ao picolé.

Esta transição não acontece apenas na embalagem com sobrenomes estrangeiros dados aos produtos. É preciso estabelecer novos códigos e criar um diálogo mais afinado com o consumidor, para que ele entenda o valor daquilo que está na vitrine. Quem antes vendia para a empregada, passou a atender a patroa.

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Empresas enxergam filão e apostam na sofisticação para atingir a premiumização

As empresas partiram em busca desse conhecimento e o encontraram no mercado de luxo. As maisons tradicionais sabem como ninguém vender o valor agregado que seus produtos carregam, baseados nos conceitos históricos e de exclusividade. O trabalho passou a ser a transformação do simples em especial.

Trouxeram estilista italiano, Roberto Cavalli, para assinar coleção de roupa. Propaganda passou a ser feita com a top Gisele Bündchen, que aliás, vendeu tudo em um só dia. O visual das lojas passou a ser requintado.

Com mais de 103 milhões de brasileiros na classe média e o aumento do poder de consumo dessa multidão, com teto na casa dos R$ 5 mil, a premiumização veio para ficar.

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Mesmo em um ano ruim as exportações de carne de frango estão em alta

As exportações do setor de aves atingiram os US$ 6,4 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, alta de 5,5% na comparação com 2012. Em volume de vendas, a avicultura do país não conseguiu repetir os resultados do ano passado, e fechou com uma queda de 2,6%, totalizando 2,9 milhões de toneladas neste ano. O desempenho mensal não deverá afetar a expectativa do setor em alcançar, até o fim de dezembro, um patamar em volume de carnes semelhante ao de 2012, quando o setor exportou 3,91 milhões de toneladas.

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