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Em Pauta

Entidades do agronegócio fecham com Dilma e Aécio. Campos é escanteado

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/08/2014 08:52
Entidades do agronegócio fecham com Dilma e Aécio. Campos é escanteado

As duas maiores entidades do agronegócio fecham com Dilma e Aécio. Campos foi escanteado por causa de Marina

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), as maiores entidades do agronegócio nacional divulgaram seus pleitos para os candidatos à Presidência da República. As listas de propostas guardam semelhanças e são complementares: plano agrícola plurianual, proteção da renda do agricultor contra a volatilidade dos preços, capacitação do produtor e disseminação de novas tecnologias são alguns dos itens apresentados.

A divisão político-eleitoral está explicitada. Na reunião da Abag, na capital paulista, havia lugares reservados para Aécio, Alckmin e Serra - todos candidatos tucanos: a presidente, a governador de São Paulo e a senador por São Paulo, respectivamente. Também havia lugar para o atual Ministro da Agricultura, Neri Geller e para o Vice Presidente da República - Michel Temer na segunda parte do evento. E nos bastidores da reunião, ficou explicitado que Roberto Rodrigues, um dos líderes mais importantes da Abag tem tido participação fundamental no programa de Aécio, juntamente com o também ex-ministro Alysson Paulinelli. Vale lembrar que Rodrigues foi Ministro durante o mandato de Lula e Paulinelli no período ditatorial de Geisel.

No outro lado do espaço eleitoral, a CNA se tornou "campo minado" para Aécio conforme impressões de apoiadores de Aécio. A CNA está majoritariamente fechada com Dilma. Formalmente, entretanto, ambas as entidades negam qualquer apoio explícito a um ou a outro, e tendem a continuar sustentando essa posição. Não há espaço nem para abrir negociações com Campos nas duas entidades, a presença de Marina torna qualquer interlocução inválida.

Entidades do agronegócio fecham com Dilma e Aécio. Campos é escanteado
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Médicos e enfermeiros são profissões para mulheres e engenheiros e físicos para homens?

As diferenças entre os sexos. Todos os estudos indicam - existem menos mulheres empresárias que homens. Também demonstram que menos mulheres estudam em carreiras técnicas e nas ligadas à informática.

Mesmo que cause estranheza, a maior divisão social que existe no mundo atual é a entre homens e mulheres. De fato, essa diferença, observada economicamente, é antes de tudo um desperdício. Deixar as mulheres para trás significa não somente desprezar as importantes contribuições que as mulheres trazem para a economia, mas também desperdiçar anos de investimento em educação de meninas e jovens mulheres.

Relatório recente da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico) sobre educação em todos os países membros da organização - incluindo o Brasil - compara os resultados de homens e mulheres em testes internacionais de desempenho escolar. Esses testes reforçam o que já era conhecido: homens e mulheres obtêm resultados muito semelhantes. É bem verdade que os meninos são um pouco melhores em matemática, muito pouco. E as meninas são um pouco melhores em leitura.

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Não resta dúvida, há uma clara equivalência entre os dois gêneros

Mas há diferenças. A primeira é a permanência das mulheres nas universidades, as mulheres já formam larga maioria entre os estudantes nas universidades, tendência que se acentua há mais de 10 anos. Fica assim: 57% contra 43% é o placar atual entre homens e mulheres nas universidades.

Outra diferença entre nas carreiras de engenheiro, físico e matemático. 18,5% contra 81,5% é o abismo que cerca o número de mulheres e homens nessas carreiras, tidas como "duras". Já para as carreiras da saúde - médicos e enfermeiros - os números se invertem. A percentagem é de 59,4% de mulheres exercendo essas profissões e 40,6% de homens.

O que se vê nos números é uma radical segmentação por gênero nas carreiras de exatas e de saúde - homens dominando as ciências exatas e as mulheres maciçamente absorvidas nas ciências da vida.

Esses dados sugerem que as conquistas das mulheres brasileiras nos campos científicos são limitadas ou direcionadas. Um tópico menos abordado dentre os estudiosos é o da diferença de remuneração entre homens e mulheres. Atualmente, para o conjunto da população brasileira, a mulher recebe pouco mais de 70% do que recebem os homens. Todavia, para as ocupações em exatas e saúde o quadro é ainda mais perverso - somente 20,5% das mulheres recebem mais de dez salários mínimos entre essas profissões.

Entidades do agronegócio fecham com Dilma e Aécio. Campos é escanteado
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Como seguir o cavalo em um país sem líderes

Nos velhos tempos do faroeste norte-americano, quando um caubói saia bêbado do bar, não havia preocupação em acertar o caminho para sua casa – o cavalo conhecia o roteiro. O caubói apenas confiava na montaria. Seguir o cavalo – “follow the horse” – é o antigo adágio aplicado até os dias atuais. É uma metáfora que indica a importância de termos alguém confiável para seguir.

Nossos “cavalos” são as pessoas que admiramos e cujo exemplo seguimos intuitivamente, muitas vezes sem pensar nos critérios que nos levaram à escolha. Outras vezes, sem pensar em quando deveríamos parar de segui-lo. Eles podem estar cansados ou confusos e podem se perder.

É importante avaliar constantemente os líderes que seguimos e saber trocá-los quando percebemos que deixaram de “lembrar o caminho”. Há uma enorme falta de estadistas. Não apenas no mundo político, mas também de estadistas nas empresas e nas ONGs.

Na empresa, o estadista deveria ser o dirigente capaz de temperar os papéis de gestor e de líder, não apenas para as necessidades quotidianas, mas também para as do futuro. Ele também deveria ser aquele que por meio do poder da empresa ou dos representantes empresariais estariam em melhores condições de auxiliar a construção de uma sociedade e um país melhor. Mas, a situação atual é de entorpecimento.

A opinião de 250 executivos do topo de empresas que estão entre as 500 melhores e maiores do Brasil mostra bem o quadro: 41% dos 250 executivos afirmam que parte significativa de seus subordinados está apenas parcialmente comprometida com a empresa. Outros 58% dizem que mais da metade de seus subordinados não consegue liderar e mobilizar as pessoas.

Se a dura realidade da Prefeitura de Campo Grande é um modelo para parcela imensa de prefeitos e vereadores pelo país afora, as empresas estão no mesmo caminho – sem cavalos que os conduzam para casa, sem líderes confiáveis.

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Crianças – mortas, expulsas, deslocadas, vítimas dentro e fora de Gaza

A imprensa brasileira é quase blasé. Fala muito ou quase nada sobre a guerra em Gaza. Ontem, relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) deveria sensibilizar a mídia local a engrossar o coro contra a guerra em Gaza. Conforme o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, metade dos 170 mil deslocados dentro de Gaza são crianças. Há urgência para o fornecimento de comida e água potável. Os números surpreendem: 857 palestinos foram mortos, incluindo 194 crianças. Em Israel dois civis e 37 soldados foram mortos.

A Ong Médicos Sem Fronteira, que completou dez anos na faixa de Gaza, classificou a situação como “horrorosa”. Não há mais o que dizer e muito pouco a fazer. Os corpos não param de chegar. "Os feridos estão chegando sem parar no hospital Al Shifa, em Gaza. Eles chegam em ondas; a quantidade exata depende da intensidade do bombardeio. Muitos dos feridos têm vários ferimentos resultantes de traumas, queimaduras e estilhaços. Estamos cuidando deles junto com as equipes do Ministério da Saúde palestino. Dos pacientes do Al Shifa, cerca de 30% são mulheres e 30% crianças. Mas é difícil dar números precisos e manter registros regulares em meio ao caos. Nossa prioridade são os cuidados médicos”, afirmou um dos prestadores de serviço da Ong a relatório divulgado no início da semana.

E a saúde das crianças também não parece prioridade no Iraque, onde segundo o Unicef, 40 morreram em atos violentos na região noroeste do país. As crianças eram integrantes do grupo Yazidi, minoritário, e morreram em ataque desencadeado pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O relatório do Unicef apontou que 25 mil crianças estão presas nas montanhas na região sem acesso a água potável e saneamento.

Entidades do agronegócio fecham com Dilma e Aécio. Campos é escanteado
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Cai venda de vinhos finos e de mesa brasileiros

No geral, o desempenho comercial do setor vitivinícola ficou estável no primeiro semestre de 2014. Foram comercialização de 172,7 milhões de litros de vinhos, sucos e derivados. Algo, como 1,99% acima que o mesmo período de 2013. Houve, contudo, queda no desempenho de venda dos vinhos de mesa, com 6,23% negativos. Foram vendidos 89,6 milhões de litros. Entre os vinhos finos, a queda foi de 5,79%, com a venda de 8,7 milhões de litros. Já os espumantes estabilizaram as vendas com índice de 0,05%.

Para o presidente da Uvibra (União Brasileira da Vitivinicultura), Dirceu Scottá, "a conjuntura econômica no Brasil não está favorável, e temos que lidar com as questões da resistência do consumidor em relação aos produtos nacionais e da baixa competitividade da cadeia nos custos de produção em relação aos importados". Ele também é vice-presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho.

Se por um lado, o vinho ficou aquém do esperado, o suco de uva surpreendeu positivamente, com 18,68% de alta nas vendas do período. "O suco de uva caiu no gosto do consumidor, com volume de vendas superior ao do ano passado, sendo um produto de importância significativa para a cadeia produtiva. E é uma boa notícia o desempenho positivo do vinho de mesa engarrafado, que mostra o interesse do consumidor por produtos engarrafados na origem", observa o diretor executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores.

O setor, contudo, espera a criação de políticas específicas para elevar a competitividade e desempenho de mercado. O principal questionamento está nos importados, que chegam em valores menores para o consumidor. A importação de vinhos registrou alta de 14,11% no primeiro semestre, frente ao mesmo período do ano passado. No total, ingressaram 35,6 milhões de litros de rótulos estrangeiros.

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