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Em Pauta

Investir na educação infantil ou permanecer com o nível educacional atual

Mário Sérgio Lorenzetto | 20/06/2014 07:55
Investir na educação infantil ou permanecer com o nível educacional atual

Para onde vai o dinheiro para a educação que sairá do Pré-sal?

Com a decisão da Presidenta Dilma, os rendimentos do Pré-sal irrigarão o sistema educacional brasileiro com verbas substanciais nos próximos anos. E para onde esse dinheiro vai? Quais serão as prioridades que os governantes estabelecerão? Para responder a essas questões, o Brasil terá de passar por um duro e complicado debate. Se depender das organizações sindicais o dinheiro irá, prioritariamente, para as universidades. Se não bastasse a força sindical, os governantes costumam fazer a contabilidade dos votos. Nas universidades está concentrada uma imensa quantidade de eleitores - professores, alunos e pessoal administrativo - que facilmente se convertem em "cabos eleitorais" de excelência. E as universidades têm mazelas, por falta de recursos, que são importantes e merecedoras de respostas claras e competentes.

O Ministério da Educação, que encherá seus cofres com os recursos do Pré-sal receberá pressões dos governantes estaduais e municipais. Uma massa de milhões de professores estaduais e municipais, mesmo com sensíveis melhorias salariais nos últimos anos, dará um tom diferente à alocação dos recursos do Pré-sal. Teremos um debate bastante aquecido pela alocação dessa fortuna que promete resolver os graves problemas educacionais brasileiros.

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Quem ficará com qual fatia dos recursos?

Um estudioso que merece ser ouvido é o professor Flavio Cunha, economista da Universidade da Pensilvânia (EUA), autor de vários documentos em colaboração com o Prêmio Nobel de Economia de 2000, James Heckman. Os dois, nos últimos anos, estudam a economia da educação. Tema que poucos se preocupam no Brasil.

"Para melhorar a qualidade das escolas públicas, nós temos que melhorar o preparo dos alunos antes que eles cheguem à escola pública primária. Sem aluno de qualidade, não existe escola de qualidade", diz Flavio Cunha. Nesse cenário, é fundamental elevar investimentos na educação infantil de crianças carentes. "Isso pode ser feito através de programas de apoio à família, como os feitos nos EUA, Colômbia e Jamaica. Esses programas são focados nas crianças carentes de zero a três anos de idade. Para as crianças de quatro a cinco anos, devemos aumentar os investimentos em pré-escola".

Para identificar e reter os melhores professores, Cunha propõe que seja criada uma comissão dedicada exclusivamente à avaliação desses profissionais em sala de aula. "A atuação dessa comissão deveria ser imparcial e transparente para evitar perseguição e corporativismo. Identificando o bom professor, deveríamos compensá-lo pela sua dedicação para que ele se sinta motivado a permanecer nessa carreira".

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Teremos mais um ano de “vacas gordas” no plantio de grãos

Para uma parcela significativa dos produtores, este é o momento de término no planejamento para o plantio da safra 2014/2015. Os sinais captados pelas consultorias especializadas e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e mesmo por associações do setor sugerem mais um ano de “vacas gordas”. O bom ano se concretizará com algum crescimento para a soja, um pequeno recuo do milho e, provavelmente, novos e expressivos avanços para o algodão.

De um modo geral, o cenário é bom para os grãos. Não será tão lucrativo quanto foi em 2012, quando a quebra da safra norte-americana fez disparar os preços. Mas, ainda assim, os resultados tendem a ser positivos. Também o ano deverá ser bom para o setor de insumos e de máquinas agrícolas. Não baterão o recorde do ano passado, mas tudo indica que manterão um bom padrão tecnológico para a próxima safra.

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Financiamento de veículos aumenta 6% neste ano

O financiamento de veículos aumentou 6% neste ano em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Conforme dados da Cetip, responsável pelo SNG (Sistema Nacional de Gravames), em maio, foram financiados 532.702 veículos, considerando automóveis de passeio e comerciais leves, motocicletas, veículos pesados e outros. No SNG está instalada a base integrada de informações que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos utilizados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil.

O sistema aponta que foram financiados 238 mil automóveis leves usados e 85 mil motocicletas zero quilômetro. As concessões de crédito para financiamentos de veículos somaram R$ 14,3 bilhões em maio, alta de 5% sobre o mês anterior e queda de 4% quando comparado com maio de 2013. No cálculo são consideradas somente as inclusões de gravames de automóveis leves com financiamento de até R$ 200 mil e cujos prazos não sejam superiores a 120 meses. Para motocicletas, o montante limite é de R$ 50 mil, com prazo de 90 meses. A metodologia também limita em R$ 500 mil e prazo de até 150 meses as inclusões de gravames de pesados.

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Financiamento total de veículos chegou a R$ 37,1 bilhões no primeiro quadrimestre

O total de abril soma R$ 9,2 bilhões e representa crescimento de 10,1% sobre os R$ 8,3 bilhões de março, segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). O saldo das carteiras de financiamentos de veículos (CDC + Leasing PF e PJ) teve queda durante os quatro primeiros meses de 2014, fechando em R$ 220,7 bilhões. Hoje, o saldo do crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas e jurídicas corresponde a 4,4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Já a inadimplência no setor automotivo durante abril seguiu estável em 5%, no CDC para pessoa física. Os atrasos inferiores a 90 dias, apesar de não representarem inadimplência, também se mantiveram em 8,4% naquele mês.

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