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Em Pauta

O número de favelas cresce no país. Será possível uma reforma urbana?

Mário Sérgio Lorenzetto | 03/07/2014 07:43
O número de favelas cresce no país. Será possível uma reforma urbana?

O número de favelas cresce no país. Será possível uma reforma urbana?

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e das prefeituras, a população residente em favelas e loteamentos irregulares cresce muito mais rapidamente que a população como um todo nas principais metrópoles do país. Campo Grande está fora dessa dura realidade devido aos oito anos de administração de André Puccinelli, quando as favelas foram desmontadas e foram construídos grandes núcleos habitacionais. Não faltou vontade. Vontade de dialogar e construir.

Foram muitos anos de descaso, ingerência e irresponsabilidade de todos os governantes brasileiros para que chegássemos a este ponto de crise urbana. Hoje a cidade é uma mera mercadoria, e os imóveis estão sujeitos a verdadeiros leilões, na base do "quem dá mais". Os terrenos bem localizados, os lançamentos, as operações urbanas e a abertura de avenidas significam negócios muito rentáveis. Até a expansão da zona urbana tornou-se motivo de negociatas acaloradas e desarticuladas de seus corretos propósitos.

A crise da habitação no país não é fruto de malucos de black bost ou similares e ela pode retornar a Campo Grande. Existe uma cidade real, periférica, informal, onde tudo é mais distante, pobre, precário e violento. E os políticos de todos os partidos ainda não conseguiram entender os reais motivos de tantas manifestações nas periferias.

Talvez tenha chegado a hora do "parlamentarismo pantaneiro" - Câmara de Vereadores e Prefeitura - começarem a trabalhar e implementar Projetos de Locação Social: a construção de casas com dinheiro público para alugar a idosos, estudantes egressos do interior e indígenas. Talvez estejamos vivendo o momento de iniciar uma Cota Solidariedade: a construção de percentuais de habitação social para quem tem problemas físicos, como cadeirantes e deficientes visuais, pelos grandes empreendedores dos prédios de luxo. Ou ainda acreditam que resolverão os problemas de segurança alocando mais e mais recursos às polícias? Dialogar com quem necessita de habitação e não reprimir. Ter vontade política antes de tudo.

O número de favelas cresce no país. Será possível uma reforma urbana?
O número de favelas cresce no país. Será possível uma reforma urbana?

A desigualdade entre a riqueza de pais e filhos

Uma das maiores aspirações humanas é a herança. Seja com a forma de uma eficiente educação, seja patrimonial ou financeira - o futuro dos filhos é uma eterna preocupação dos pais. Faz parte das profundas transformações das sociedades na saída do período medieval para os tempos modernos. Antes, na Antiguidade e no Medievo, os pais criavam os filhos para que eles o auxiliassem na dura labuta diária. Quanto maior o número de filhos, mais fácil a vida dos pais se tornava - aumentava a mão-de-obra gratuita. Os filhos aumentavam o bem estar paterno. Uma verdadeira transformação ocorreu. Lentamente os pais passaram a trabalhar em prol dos filhos, senão garantindo algum bem estar no presente, aspirando um futuro melhor para seus rebentos.

Um dos ângulos que é pouco estudado é do exagero da desigualdade. A falta de mérito para filhos que continuam usufruindo das riquezas paternas é um dos maiores problemas na desigualdade. Independentemente de capacidade e talento, os filhos dos mais ricos saem na frente na corrida pelos melhores empregos nos países com desigualdade profunda. Além de ser injusto, isso gera problemas de eficiência econômica para o país. Os países com desigualdade mais profunda tendem a crescer menos no longo prazo. Essa não é uma teoria comunista. É a conclusão de um estudo do FMI (Fundo Monetário Interacional) lançado neste ano que analisou a trajetória da desigualdade em mais de 150 países. Ele mostra que em países onde a desigualdade é baixa, como a Dinamarca, a renda dos pais influência pouco a renda dos filhos. Ou seja, pais ricos podem ter filhos pobres. No Brasil, de acordo com o FMI, a renda dos pais é decisiva no desempenho dos filhos.

O número de favelas cresce no país. Será possível uma reforma urbana?
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Uma pesquisa inusitada: os lares estressam os casais

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (EUA) descobriram algo impensável: o estresse é menor no trabalho do que em casa. A pesquisa que realizaram também é incomum: mediram a quantidade de cortisol na saliva de mais de uma centena de pessoas. Sabe-se que quanto maior a taxa de cortisol na saliva, maior é o estresse.

Em pessoas de baixa renda, a taxa de cortisol encontrada pelos cientistas foi de 30% mais elevada em suas residências em comparação com a taxa encontrada no local de trabalho.

A equipe de pesquisadores diz que isso não significa que as pessoas obrigatoriamente encontrem mais problemas familiares e sim que o ambiente de trabalho permite maior equilíbrio emocional. A socialização com os colegas e o cumprimento de metas criam a sensação de realização e bem-estar.

Para as mulheres, o estresse é ainda mais alto em suas casas por terem uma carga maior nas tarefas domésticas e na educação dos filhos. Caso essa pesquisa seja validada em todos os cantos do mundo será uma revolução na concepção corriqueira dos problemas trabalhistas e nos casamentos. Deixarão de existir aposentados, todos continuarão a trabalhar até as condições físicas permitirem. Existirão casamentos?

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O investimento na formação de quadros qualificados está saindo do papel

Uma semana depois de anunciar a concessão de mais 100 mil bolsas para o programa Ciências sem Fronteira, o governo federal instituiu o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para a pós-graduação. Até o início da semana, o Fies estava disponível somente para a graduação. Agora, estudantes de cursos stricto sensu também poderão financiar os cursos. Era uma lacuna a ser preenchida, considerando que a quantidade de bolsas fornecidas pelo governo federal e pelas agências estaduais não supria à demanda. Por outro lado, o acesso a instituições privadas de qualidade era quase irreal para a maioria dos estudantes.

A educação está entre os pontos principais do plano de governo da presidenta Dilma. O antecessor, Lula, falou sobre o assunto de maneira enfática quando esteve em Campo Grande na ocasião da convenção estadual do PT. Boa parte do discurso do ex-presidente foi usada para tratar sobre este assunto e, no início, houve o reconhecimento de que o atraso acadêmico do país não pode mais ser obstáculo para seu crescimento.

O Fies da pós-graduação foi anunciado pelo ministro da Educação, Henrique Paim, e a portaria publicada na edição de ontem do Diário da União. Em princípio, a adesão será aberta para as instituições e, depois, para estudantes. Agora, resta ao governo federal olhar para outros meios de qualificação que gritam não muito longe do horizonte. O principal programa de formação de pessoal, o Ciência sem Fronteiras, ainda olha para as ciências exatas e biológicas, as ciências sociais aplicadas continuam a ver navios.

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Banco Central aposta que brasileiro leva, ao menos, R$ 50 no bolso

E diariamente e por conta da inflação. Segundo o Banco Central, 44% da população tem essa quantia no bolso. O dado consta da pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", aplicada em abril e maio de 2013. No estudo anterior, aplicado em janeiro e fevereiro de 2010, as notas de R$ 50 estavam em 12% dos R$ 50. Dois anos antes, a média de cédulas na carteira das pessoas somava R$ 36,02. E, desde então, até 2013, a inflação variou 30%.

Apesar da prevenção, a preferência pelo cartão continua. Conforme os varejistas que responderam ao levantamento, o dinheiro em espécie era usado em 67% dos pagamentos em 2010. Em 2013, caiu para. Já o uso do cartão de crédito, passou de 22% para 35%. O débito recuou de 6% para 4% como forma mais utilizada, enquanto o cheque se manteve como 1%.

O brasileiro também está abandonando um velho hábito, o de guardar as moedas. Na comparação entre 2010 e 2013, a quantidade de moedas usadas passou de R$ 3,81 para R$ 4,03. E a cada dez moedas recebidas, seis são usadas no dia a dia e quatro ficam guardadas em casa.

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É, acreditamos na vitória da Seleção

Quem foi a campo, desta vez, para analisar as expectativas do torcedor foi o ParPerfeito, um site que, na verdade, especializado em relacionamentos. É uma pesquisa, contudo, e apontou o desejo do Brasil vencer como maioria entre 3 mil participantes. São 65% dos entrevistados crentes em vitória e 86% disseram que assistem aos jogos. É...

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