Os comunistas sem saber de comunismo nos ervais de P.Porã
Por Mário Sérgio Lorenzetto | 29/03/2024 07:30
João Christiansen era um gaúcho, filho de noruegueses, que enfrentou as matas - a fome e a sede - entre o Rio Grande do Sul e P.Porã, carregando sua esposa e uma filhinha de três anos. Ao chegar, tomou posse de uma terra devoluta, construiu uma casa, cercas e currais. Comprou vacas, ovelhas e cavalos. Plantou milho, feijão e mandioca. Também começou a plantar e colher a erva-mate. Tratou de legitimar a posse da terra. Foi quando começou da parte da mega Empresa Mate Laranjeira uma luta ferrenha contra o João Christiansen. Depois de muitos dissabores, acordaram trocar as terras do João por outra desértica.
O filho do João perseguido pelos poderosos.
João Christiansen morreu nas guerras entre os caudilhos Bento Xavier - defensor do governo - e José Deolindo - opositor ao governo do Estado. Deixou três filhos menores, entre estes, o único varão, João Cristiano Ortt. A Empresa Mate Laranjeira tentou tomar as terras dessa família recorrendo a expedientes jurídicos que levaram os Ortt à pobreza. Mas eles eram muito bem quistos pela maioria da população da região.
João Christiansen morreu nas guerras entre os caudilhos Bento Xavier - defensor do governo - e José Deolindo - opositor ao governo do Estado. Deixou três filhos menores, entre estes, o único varão, João Cristiano Ortt. A Empresa Mate Laranjeira tentou tomar as terras dessa família recorrendo a expedientes jurídicos que levaram os Ortt à pobreza. Mas eles eram muito bem quistos pela maioria da população da região.
O levante "comunista".
João Ortt, vendo o caminho que as coisas iam seguindo, e já descrente dos sentimentos de justiça, pois a rica Empresa Mate Laranjeira conseguira colocar suas terras em um leilão, em desespero, resolveu vingar-se pelas armas contra a poderosa e tenaz perseguidora. Entendeu-se com os amigos de confiança, alistou gente, conseguiu armas e julgando-se forte, pelas muitas adesões, enfrentou o tradicional inimigo. E foi derrotado. Não satisfeitos, os chefões da mafiosa empresa, pediram à polícia e ao exército que perseguisse João. O motivo era que havia surgido nos ervais um levante comunista. Pobre Ortt, nunca tinha ouvido falar em comunismo. Muitos foram degolados, enforcados e fuzilados. Ortt exilou-se no Paraguai.
João Ortt, vendo o caminho que as coisas iam seguindo, e já descrente dos sentimentos de justiça, pois a rica Empresa Mate Laranjeira conseguira colocar suas terras em um leilão, em desespero, resolveu vingar-se pelas armas contra a poderosa e tenaz perseguidora. Entendeu-se com os amigos de confiança, alistou gente, conseguiu armas e julgando-se forte, pelas muitas adesões, enfrentou o tradicional inimigo. E foi derrotado. Não satisfeitos, os chefões da mafiosa empresa, pediram à polícia e ao exército que perseguisse João. O motivo era que havia surgido nos ervais um levante comunista. Pobre Ortt, nunca tinha ouvido falar em comunismo. Muitos foram degolados, enforcados e fuzilados. Ortt exilou-se no Paraguai.
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