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Em Pauta

Possibilidade de aumento de álcool na gasolina anima indústria

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/02/2014 07:50
Possibilidade de aumento de álcool na gasolina anima indústria

Boa nova para as usinas de cana-de-açúcar: governo estuda aumento do álcool na gasolina

O governo federal aguarda uma posição técnica de especialistas em indústria automotiva para decidir se acata ou não o pedido das usinas de cana-de-açúcar para aumentar de 25% para 27,5% a mistura de álcool na gasolina. A medida valeria em 1º de maio. O pedido foi feito na semana passada ao Ministério das Minas e Energia pela UNICA (União da Indústria de Cana-de-açúcar). Se for aceito, o aumento da mistura significará demanda de 1 bilhão de litros de álcool por ano.

A ideia vem sendo bem avaliada pelo Ministério da Fazenda que vê no aumento do álcool na gasolina uma redução direta da importação de petróleo. É provável que o setor automotivo não coloque objeções por entender que os automóveis modernos estão em condições de rodar com esse novo teor de álcool na gasolina, mas afirma, no anonimato, que os veículos mais antigos, com mais de 10 anos de uso, terão dificuldades para dar a partida.

De fato, se o governo autorizar o aumento do percentual, o consumo de álcool anidro na safra 2014/2015, que começa em maio, pode chegar a 12 bilhões de litros. Essa manobra é importante para o setor que está pressionado pela oferta mundial maior que o consumo. Além disso, o etano anidro é, entre os principais produtos da cana-de-açúcar, o que vem trazendo a maior remuneração à indústria desde novembro passado. Na semana passada, o álcool chegou a remunerar 13% acima do açúcar de exportação.

Possibilidade de aumento de álcool na gasolina anima indústria
Possibilidade de aumento de álcool na gasolina anima indústria

Morte e morte!!! Fritz Haber e os fertilizantes

Apesar de chocado como tratamento nazista dado aos judeus, o presidente dos EUA em 1933, Franklin D. Roosevelt, evitava emitir qualquer declaração direta de condenação. Alguns líderes da comunidade judaica, como o rabino Wise, queriam que o presidente se manifestasse. Outros, como Felix Warburg, defendiam uma abordagem mais serena, insistindo para que ele facilitasse a entrada de judeus nos EUA.

Wise descreveu Roosevelt como impassível, incorrigível e até inacessível. O discurso político em vigor nos EUA enquadrara a questão judaica como um problema de imigração. A perseguição na Alemanha despertava o fantasma de um imenso fluxo de refugiados em um país cambaleante economicamente.

O mais chocante: para Roosevelt e para muitos norte-americanos, o problema alemão mais urgente era a dívida de US$ 1,2 bilhão a credores americanos. Dava a entender que os nazistas podiam matar os judeus, desde que pagassem a dívida. Um horror! Nesse ambiente inumano, Roosevelt nomeou embaixador em Berlim, um liberal professor de história pouco conhecido William E.Dodd.

Entre os primeiros visitantes de Dodd em Berlim, estava um judeu, o químico número um da Alemanha. Chamava-se Fritz Haber. O nome era bem conhecido e reverenciado por qualquer alemão. Ele inventou o venenoso gás clorídrico. Pensavam em matar todos os inimigos da Alemanha nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.

Possibilidade de aumento de álcool na gasolina anima indústria

‘Morte é morte’, não importa a causa

A esposa de Haber, Clara Immerwahr, com 32 anos de idade, classificava sua pesquisa com o gás como desumana e imoral, e exigia que ele parasse. Mas, para essas preocupações de Clara, ele tinha imã resposta pronta: "morte é morte", fosse qual fosse a causa. Nove dias após o uso do gás nas trincheiras, ela não aguentou e cometeu suicídio. Para muitos Haber era um assassino.

Ainda assim, Haber inventou meio de garimpar o nitrogênio do ar. Foi ele quem descobriu a síntese do amoníaco. Desta forma foi conseguida a fabricação de fertilizantes em grande quantidade e mais baratos. A produção de alimentos para metade da população mundial ainda do método de Haber. Para muitos, Haber é um dos maiores cientistas da história por esse invento.

Mesmo com o clamor de metade da comunidade científica que considerava Haber o "pai da guerra química", ele foi laureado com o Prêmio Nobel de Química. Apesar de sua conversão ao protestantismo, Haber continuou sendo classificado como judeu pelos nazistas.

Em julho de 1933, foi ao gabinete do Embaixador dos EUA, Dodd, pedir ajuda. Ele queria saber quais eram as possibilidades para imigrantes com feitos notáveis em ciências. Tudo o que Dodd pode lhe dizer foi que a lei norte-americana não permitia nada, pois a cota de imigração estava preenchida. Ele fugiu para a Suíça e seis meses depois sofreu um ataque cardíaco e faleceu.

Em uma década, porém, os nazistas descobririam uma nova utilidade para outro invento de Haber - um inseticida composto com cianureto, chamado Zyklon A. Seria transformado em uma variante mais letal- o Zyklon B, que foi usado pelos nazistas para o assassinato em massa de judeus, comunistas, ciganos, homossexuais e todos os desafetos. As mortes ocorriam por sufocamento nas odiosas câmaras de gás que quase exterminaram os judeus.

Possibilidade de aumento de álcool na gasolina anima indústria
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Fugir da miséria é como fugir de um campo de concentração

Na década de 60, um filme hollywoodiano de sucesso, com astros da época, como Steve McQueen mostrava a fuga em massa de 76 soldados das forças aliadas que conseguiram cavar um túnel para escapar. A procura dos fugitivos levou semanas, mas quase todos, com exceção de três, foram recapturados e 50 terminaram fuzilados pela Gestapo.

Essa história real pode ser usada como metáfora de outra história – a fuga da miséria, aberta desde a Revolução Industrial. Ela permitiu que cerca de 80% da humanidade escapasse da pobreza absoluta.

Em 200 anos, a população dos países ricos atingiu níveis de bem estar impensáveis até para reis que viveram antes da Revolução Industrial. A expectativa de vida nessas nações dobrou, a mortalidade infantil, que ceifava a vida de um terço das crianças, caiu quase para zero.

Tal trajetória aos poucos é imitada pelos países em desenvolvimento. Mas, como em toda boa trama, há nuances e riscos. Um bilhão de pessoas no mundo ainda é miserável. A desigualdade de renda continua a aumentar. Há dois lados da desigualdade – o lado bom é que sem alguma desigualdade o progresso torna-se mais moroso e difícil. Também o crescimento do padrão de vida está ligado a novas tecnologias, e elas não surgem de forma bem distribuída entre os países ou ao longo do tempo. Costumam acontecer em uma área definida, como a indústria na Inglaterra do século XIX ou as startups do Vale do Silício do fim do século XX.

O lado perverso da desigualdade, além da miséria de renda e, consequentemente de condições de sobrevivência, é o da concentração do poder político nas mãos daqueles que dispõem de muita riqueza.

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As melhores árvores para plantar pastagens

Bordão-de-velho e parapara foram eleitas como as melhores árvores para serem plantadas em pastagens. A existência de apenas matas nativas foi alternativa do passado. A nova pecuária está sendo testada em muitas fazendas do Mato Grosso do Sul e na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

E possível diversificar a renda do produtor rural, oferecer mais conforto aos animais, melhorar a fertilidade do solo e aumentar a produtividade do rebanho. Visando auxiliar a escolha das espécies, a Embrapa lançou o Guia Arbopasto, um manual para identificar e selecionar as espécies mais convenientes para as pastagens.

O Guia descreve 51 espécies que ocorrem naturalmente em pastagens e as classifica conforme as características individuais, como fornecimento de sombra, de frutos, de nitrogênio e as melhores árvores para fornecimento de madeira. Um ótimo trabalho para quem procura pela modernidade e pelo maior faturamento com a integração da pecuária com a silvicultura.

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Recessão econômica une prefeituras italianas e grifes de luxo

É comum em editoriais de em revistas, sites e blogs de moda as sugestões de uso de artigos de luxo. Bem comum também é a legenda “preço sob consulta” em algumas peças. Há grifes, porém, que nem mesmo tentando será possível conhecer o preço do produto. É o que está acontecendo com a desejada e luxuosa Prada, que está patrocinando a restauração da obra “A Última Ceia”, do pintor italiano Giorgio Vasari. A obra, uma tela que mede 2,60 metros de comprimento por 6,60 de largura, ficou submersa quando a cidade de Florença foi inundada em 1966. Agora, a prefeitura, com apoio da Prada, planeja expor a pintura restaurada em 2016, cinquenta anos depois da inundação, mas não divulga o custo.

Além da Prada, outras grifes de luxo estão investindo na restauração de obras e monumentos italianos em parcerias com as prefeituras, a maioria à beira da falência por conta da crise econômica. Passa pelo processo de restauração o Coliseu e a Fontana di Trevi, em Roma. Assumiram as iniciativas empresas como a Coca-Cola, Fendi e Tod’s, que aplicam elevadas somas. O Coliseu de Roma é um dos principais símbolos italianos e terá a injeção de 25 milhões de euros – cerca de R$ 80 milhões – aplicados pela Tod’s, que vai restaurar a fachada do anfiteatro e reconstruir a entrada.

Já a restauração da Fontana di Trevi conta com 2,5 milhões de euros – R$ 8 milhões – repassados pela Fendi. Os mecenas grifados também investem na reforma da ponte do Rialto em Veneza; da Galleria Vittorio Emanuele II em Milão e da abadia Santa Maria di Cerrate, em Lecce.

O investimento recebeu críticas, com certeza, mas em entrevista à BBC, o prefeito de Roma Ignazio Marino, defendeu o mecenato afirmando que é um meio legítimo de conseguir fundos para obras de restauro e recuperação. Agora, o prefeito pensa em criar uma fundação para arrecadar fundos também de empresas de outros países. Nem precisa dizer que no Brasil, com crise e sem crise, o envolvimento da iniciativa privada nas obras da coletividade é praticamente zero.

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