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Finanças & Investimentos

Suas Finanças também precisam de Volume Morto

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 02/02/2015 08:27

Durante a crise, o termo “Volume Morto” foi muito utilizado. Em São Paulo, o sistema Cantareira já utiliza a segunda cota do chamado Volume Morto, que nada mais é do que uma reserva técnica disponível para atravessarmos períodos críticos como o atual.Ao tratar desse assunto, conseguimos fazer uma ponte para o lado da educação financeira, nossa área de estudos diários, pois também para finanças pessoais é importante a manutenção de uma reserva financeira para que a travessia por momentos de crise seja realizada mais facilmente.

Criando o Volume Morto para suas finanças será possível, por exemplo, deixar de usar linhas de crédito que estão cada dia mais caras (lembre-se que os juros estão subindo). O cheque especial alcançou a maior taxa desde 1999, chegando em dezembro de 2014 a (inacreditáveis) 200,6% ao ano, de acordo com dados apresentados pelo Banco Central.

Muita gente não possui a reserva financeira para emergências porque a mesma não é um objetivo. Óbvio, não? Alguns ainda confundem reserva com os investimentos. A reserva, como o próprio nome já diz, tem o propósito de prover tranquilidade nos momentos de crise.A reserva será a “mão estendida” para ajudá-lo quando você ou alguém de sua família perder o emprego ou mesmo necessitar de um valor adicional para uma situação inesperada (uma doença que o impeça de trabalhar, por exemplo, fato comum principalmente na vida dos profissionais liberais e autônomos).

A montagem da reserva de emergência deve começar com um cálculo das contas mensais. Para quem já tem um controle financeiro eficiente, com anotações dos gastos fixos e do consumo eventual, não há muito com o que se preocupar.Se a reserva de emergência precisa ser um objetivo, você precisa de fato saber qual é seu verdadeiro padrão de vida para, assim, ajustar os valores que serão necessários na composição da reserva.A reserva de emergência é criada para garantir o padrão de vida em momentos de crise, ok, mas é importante lembrar que situações emergências pedem adoção de medidas austeras – portanto, antes de sair gastando a reserva, é fundamental olhar com cuidado o orçamento pessoal, identificar despesas que não são indispensáveis e cortá-las, sem dó.

Tomar medidas de contenção de despesas não é uma tarefa tão fácil, eu sei. Pode ser que muita gente se incomode e surjam reclamações de pessoas que você gosta. Se isso acontecer, a melhor solução é o diálogo: mostre que a atual situação requer contenção de gastos e que a ação é pensada para que todos sejam beneficiados.Quando está tudo bem, a maioria não tem a consciência de olhar com cuidado o orçamento e ver como certos pequenos gastos (que somados fazem diferença) comprometem as finanças.

No livro bestseller “Dinheiro é um Santo Remédio”, os autores Conrado Navarro e André Massaro defendem que as pessoas precisam poupar pelo menos 10% da renda mensal primeiramente para formar a reserva de emergência e, claro, para investir para realizar os sonhos.Ainda no livro, os autores defendem que a reserva garanta a manutenção do padrão de vida por pelo menos 10 meses. Então, se o padrão de vida da família é de R$ 5 mil, é importante guardar pelo menos R$ 50 mil como fundo de emergência.Para guardar esse dinheiro (já sabemos que ele não pode ficar junto com os demais investimentos) é importante encontrar um produto que tenha três características fundamentais: segurança, baixo risco e liquidez imediata.Traduzindo, para a reserva de emergência as pessoas jamais devem optar por imóveis, por não possuírem liquidez, nem devem alocar o dinheiro em produtos de renda variável, que possuem grande volatilidade e podem comprometer a utilização da reserva em determinados períodos.
O ideal é a renda fixa. Se optar por um fundo, escolha aquele que possui resgate que não ultrapasse dois dias, sem esquecer de se atentar aos custos e taxas envolvidos. CDBs de liquidez diária também são uma boa opção. Mesmo com rentabilidade comprometida, a caderneta de poupança pode ser uma alternativa a se considerar para a reserva de emergências (talvez apenas para isso).

Não esqueça que a reserva de emergência precisa ser reposta sempre que for utilizada. Assim você garante que ela sempre estará lá quando for preciso. Outro detalhe importante é ajustá-la sempre que padrão de vida aumentar.Se você montou sua reserva de emergência cinco anos atrás, é bem provável que nesse período seu padrão de vida tenha se elevado e hoje, em razão dessas mudanças, a reserva já não garanta a tranquilidade necessária.

Fonte: dinheirama.com
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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