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Finanças & Investimentos

Você sabe o que é “Crowdfundig”, ou financiamento pela multidão?

Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 04/12/2013 07:52

Você já ouviu falar nesta palavrinha estranha chamada “Crowdfundig”...já posso imaginar o pensamento de muitos...”Crowd” o que!? O termo é mesmo estranho para quem ainda não está habituado, mas trata-se apenas de uma expressão da língua inglesa para designar algo que em português seria um “financiamento coletivo”, ou “financiamento pela multidão”. Ok pensa o amigo leitor, mas o que isso significa na prática. Crowdfundig ou financiamento pela multidão é um movimento recente e inovador na forma como pessoas sejam ela físicas ou jurídicas viabilizam projetos e sonhos.

Ainda engatinhando aqui no Brasil, este (novo) modelo permite que pessoas busquem recursos financeiros para financiar seus sonhos e projetos através de micro contribuições de sua rede de contatos, amigos, parentes, amigo de amigos, e até estranhos. Esta ideia é tão bacana que vem causando alvoroço desde que começou a florescer. Qualquer pessoa pode doar quantias em dinheiro a projetos que chamarem atenção nos sites, recebendo pela doação recompensas não financeiras. Em todo o mundo por volta de 2009 e 2010, várias plataformas surgiram na internet. Nomes como Kickstater (EUA) e Ulue (europeu) são as referencias neste segmento, e já permitiram que muitos projetos se tornassem realidade, já movimentanto milhões em contribuições.

No Brasil os principais portais que começam a se despontar são o Vakinha (www.vakinha.com.br) e Catarse (catarse.me/pt). Apesar de funcionarem com dinâmicas diferentes, o principio de arrecadação de recursos de terceiros é o mesmo. O portal Vakinha é uma versão on-line de um hábito ha muito conhecido pelos brasileiros, seja para festas de casamento, ou caridade. Já o Cartase possui uma outra dinâmica, no ar desde janeiro de 2011, o idealizador cadastra o projeto no site e aguarda a avaliação de acordo com os pré-requisitos de criatividade, oferecimento de benefícios coletivos e recompensas para quem doar. É preciso ainda definir bem os objetivos e a forma de utilização do dinheiro, além de não ser um projeto de caridade (há outros sites que aceitam esse tipo de iniciativa como o vakinha). A avaliação dos projetos no Catarse é bem rigorosa: apenas 30% dos projetos enviados vão ao ar.

Após o projeto ser aprovado, ele é aberto para a arrecadação, e o autor só recebe o dinheiro se for atingida meta no tempo determinado, caso não atinja a meta, o dono do projeto não recebe nada e as contribuições realizadas são devolvidas (é o tudo-ou-nada). As contribuições são feitas por meio do Paypal, ferramenta de pagamento online, como uma compra regular. O Catarse fica com 13% do valor arrecadado dos projetos bem-sucedidos. O número geral da plataforma até hoje é de 86 mil apoiadores, totalizando R$ 10,6 milhões em doações.

Seguindo a mesma linha, temos também um case regional (MS), o portal Mayel (www.mayel.com.br) sendo pioneiro no estado. A plataforma além de permitir a troca de contribuições entre os usuários promete ainda em 2014 oferecer outras vantagens exclusivas que tornaram o processo de angariação de recursos ainda mais envolvente, e eficaz. Vamos aguardar estas novidades.

Os números do setor revelam que o “Crowdfunding” veio para tomar seu espaço na vida dos brasileiros, sendo este apenas o início de seu crescimento. Este assunto é tão interessante que achei por bem analisarmos futuramente suas principais características com um pouco mais de profundidade. E você leitor, gostou deste modelo, já conhecia algo parecido? O que você acha de angariar recursos para o que você precisa através deste método. Compartilhe sua opinião, pois nos próximos artigos abordaremos um pouco mais desta nova onda que chegou para ficar. Até a próxima.

Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com

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