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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 02/03/2012 11:21

A DÚVIDA: rir ou chorar? Para o deputado Garotinho “a eleição é muito maior do que as divergências do passado”. Para o ex-prefeito Cesar Maia : “Não há nenhuma dificuldade de superar visões que não são exatamente iguais”.

OS ARGUMENTOS destes notórios ex-desafetos, para tentar justificar a aliança que se propõem nestas eleições, é um desrespeito ao eleitor de boa memória. O pior: afastam aqueles cidadãos bem intencionados da vida público-partidária.

O EXEMPLO carioca, infelizmente é reproduzido nos mais diferentes rincões neste período de articulações partidárias. Essa pratica não é nova, sendo em muitos casos rechaçados pelos eleitores através de uma outra escolha.

OS LÍDERES fingem ignorar: são os responsáveis pela construção de cenário político que pesa inclusive nas relações sociais de qualquer comunidade. Nela, o fator político é decisivo, com implicações profundas, que vão muito além do voto.

IMPOSSÍVEl convencer o eleitor a ‘apagar’ da sua memória conceitos resultantes de fatos/embates ocorridos ao longo de várias eleições. Essa imposição partidária violenta o eleitor, influenciado por alta dose de pessoalidade e ingênua emoção.

LIÇÕES não faltam. Adversários tradicionais no MT, Julinho (ao governo) e Bezerra (ao senado) se uniram em 1998 contra Dante e Antero. Mas nas urnas o casamento foi considerado espúrio e ambos perderam espetacularmente para os tucanos.

INIMAGINÁVEL aqui Pedro e Wilson no mesmo palanque, fruto de acerto de cúpulas partidárias. Seus respectivos eleitores não iriam entender e concordar jamais, independentemente de argumentos. Ambos foram coerentes neste ponto.

COLLOR era o anti-Sarney no palanque. Lembra? Agora ambos se unem contra a liberdade de informação dos documentos do Governo desde a Guerra do Paraguai. Evidente que ambos devem ter algo em comum a esconder.

LULA é outro exemplo de incoerência e falta de respeito ao eleitor. Bateu a vida toda nas oligarquias regionais, com enforque ao ‘clã Sarney’. Depois trocou afagos com Sarney, defendendo inclusive tratamento diferenciado ao Ribamar.

DESESPERANÇA neste ‘front’ de 27 partidos. Esse PSD, por exemplo, já nasceu viciado. Entre a coerência e a grandeza, seus caciques optaram pela última. Sem revelar e convencer o que realmente querem, defendem apenas a si próprios.

INEXISTE filosofia partidária no PSD. O que une seus líderes é que o desejo obsecado de fazer do partido um atalho ao poder. O partido é muito mais instrumento pessoal ‘deles’, do que solução que atenda ao clamor do eleitorado. É mais um...

VEJAM o caso de MS. O PSD ficou restrito aos interesses pessoais-empresariais de Antônio João. Sem atrair lideranças de peso, espera servir de ‘estação desembarque’ aos futuros descontentes e assim se encorpar na sucessão estadual.

O DESEMPENHO nestas eleições ditará o futuro do partido, com chances até de mudanças no comando regional. Partido é como empresa: quando o lucro não vem, identificam-se as causas, substituindo a gerência e filosofia.

‘SEI NÃO...’ Viabilizar uma sigla é difícil. Quem tem prestígio já está comprometido. Ademais, as ‘cerejas’ oferecidas pelo PSD nesta ‘festa eleitoral’ são conhecidas. Apesar da ‘falsa cobertura, os ‘convidados’ agradeceram e as dispensaram.

PREVISÃO: Os programas eleitorais na TV. estarão oferecendo mais sedução (bordões/músicas/imagens) e nenhum compromisso. É igual restaurante: o ‘cardápio’ não se renova se o consumidor não reclama por melhora.

PORTANTO, diante do exposto e das previsões, no Brasil continua revogada - ‘ad eternum’ - a tese ingênua de Aristóteles, segundo a qual “o objetivo maior da política é a busca da felicidade humana.” Aqui impera a ‘Lei do “canhotinha” Gerson’.

COITADO do Aristóteles. Hoje seria queimado na Praça dos 3 Poderes. Na sua ingênua e pura redoma, a classe política seria despida de vícios. Pudera! Não previu Chavez, Berlusconi, Sarney, Lula, Maluf, Zé Dirceu e outros.

ARISTÓTELES: “O objetivo principal da política é criar a amizade entre os membros da cidade”. Mas a singeleza desta utópica visão decididamente não combina com nosso passado e presente. Afinal o Brasil não é a velha Grécia de AC.

‘CHUMBO GROSSO’ Marcos Trad alertando sobre os números da próxima revisão tarifária da Enersul em Abril. Se em 2011 foi de 17%, não se pode esperar ‘benesses’ destes empresários que não vieram aqui como turistas. Não é?

GIROTO Seu nome venceu algumas resistências. André e Nelsinho cuidam agora de acomodar nomes e evitar situações que possam ser explorados pelo PT principalmente. Sem nada a perder, Vander quer sair ao menos engrandecido.

INSISTIR em certas análises é chover no molhado. Em cada esquina um técnico da seleção e um ‘especialista’ em política. Sem novidades no quadro: a moldura e seus personagens eram previsíveis. É o jogo que está sendo jogado.

CHADID Sua posse no TCE passou uma imagem positiva da instituição, fortalecida nos propósitos do presidente Cícero de Souza. O que se viu foi um clima de satisfação e confiança entre os presentes. Afinal, Chadid é sério e competente!

“Um homem político tem de ter a prudência de calar”. (FHC)

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