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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 23/03/2012 10:00

A NOVELA Participar do programa eleitoral (rádio e TV) é o sonho justo de todos os candidatos a vereança. Chance de massagear o ego, mostrar o potencial, expor planos/ ideias, além da tradicional cantada de voto ao eleitor.

CONTUDO... candidato precisa ter autocrítica. Se não souber lidar com o tal microfone, é um desastre. A mesma observação vale na TV, onde a imagem é tudo. O eleitor é exigente/cruel: confunde artistas com candidatos.

BOICOTE Nas eleições sempre ocorrem reclamações de candidatos à vereança dos partidos nanicos das coligações. São ‘esquecidos’ no horário eleitoral e o tempo é usado apenas pelos figurões, donos das siglas ‘cabeça de chapa’.

AS REGRAS da propaganda/2012 definidas: 1/3 (20 segundos e 68 centésimos) do bloco de 10 minutos distribuído igualitariamente a todas as siglas. Basta o partido estar registrado para ser beneficiado com esse tempo.

E MAIS... 2/3 do bloco de 20 minutos, distribuído proporcionalmente ao número de deputados federais do partido. No caso de coligação, será o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos políticos que a integram.

COMPOSIÇÃO da Câmara Federal: PT 88, PMDB 78, PSDB 54, DEM 43, PP 41, PR 41, PSB 34, PDT 28, PTB 21, PSC 17, PC do B 15, PV 15, PPS 12, PRB 8, PMN 4, PSOL 3, PT do B 3, PHS 2, PRTB 2, PTC 1 e PSL 1.

FICARAM sem representação: PSTU, PTN, PCB, PSDC e PCO. Também o PSD e o PPL – que registraram seus estatutos em 2011 – não terão direito ao tempo da proporcionalidade, ficando reduzidos a 20 segundos e 68 centésimos.

O CASO do PSD tem mais uma desvantagem: teve negado pela justiça o direito de ser beneficiado pela verba do Fundo Partidário. Pergunto: Antonio João terá competência/ coragem para colocar sua candidatura nas ruas da capital?

SIMULAÇÃO do tempo total (em minutos, segundos e centésimos de segundo) para cada partido, em ordem decrescente: PT – 03’46”52; PMDB – 03’23”13: PSDB – 02’26”99; DEM – 02’01”26; PP e PR – 01’56”58; PSB – 01’40”21

MAIS: PDT – 01’26”17; PTB – 01’09”80; PSC – 01’00”44; PC do B e PV - 00’55”76; PPS – 00’48”75; PRB – 00’39”39; PMN – 00’30”03; PSOL – 00’27”69; PTB do B – 00’27”69; PHS – 00’25”35; PRTB – 00’25”35; PRP - 0’25”35; PTC-PSL – 00’23”01.

CACIFE O potencial do partido está refletido no tempo disponível. O critério baseado no número de deputados federais mostra isso. Mas atrair o maior número de partidos na coligação é um remédio às vezes caro, mas muito eficiente.

AVALIAÇÃO Na TV principalmente, segundos de minuto valem ouro. Tudo é muito rápido, dinâmico. E deve-se levar em conta a ‘impaciência’ do telespectador, cada vez pratico, objetivo, avesso às mesmices e ladainhas eleitorais.

AS INFORMAÇÕES foram repassadas ao colunista pelo sempre gentil Hardy Waldschmidt (filho ilustre de Alto Araguaia-MT) e que comanda com eficiência a Secretaria Judiciária do nosso Tribunal Regional Eleitoral.

DA POLÍTICA “O preço do voto do eleitor mentiroso é sempre o mais caro. Quando estamos no governo, todo adversário quer se encaixar, dizendo-se técnico. Na política, a linha reta nem sempre é o caminho mais curto das soluções.”

RENOVAÇÃO Critica-se muito a estrutura dos nossos partidos e consequentemente a composição pouco flexível nos postos de comando. Mas isso é fruto natural da apatia do eleitor que se nega inclusive a se filiar por razões diversas.

PARTICIPAR efetivamente de um partido exige vocação, tempo e desprendimento. No fundo, no fundo, não se filia por civismo. O pano de fundo é um projeto (e interesse) pessoal ou que possa ainda beneficiar um determinado grupo social.

NAS CIDADES grandes é tarefa hercúlea recrutar gente capaz para a vida partidária. As pessoas, céticas ou que fogem de entidades beneficentes por falta de tempo, não querem se comprometer com encargos/reuniões e eventos.

NO PASSADO o PT aproveitou esse vácuo e atraiu lideranças sindicais e entidades representativas dos trabalhadores. Recentemente, as igrejas evangélicas acordaram e se agruparam em partidos cada vez mais fortes no Congresso.

A QUESTÃO partidária local pode ser comparada a Federação de Futebol. Critica-se muito o nível do nosso futebol e a administração de Cesário, mas não aparece um nome de peso e competente para aceitar esse desafio (abacaxi?)

LIÇÃO Não existe política sem receios, o problema é de limites. Um líder tem se mostrar confiante e forte. André vem se conduzindo de forma competente nesta fase de costuras de candidaturas e alianças aqui e no Estado.

HABILIDADE Quem apostou/incentivou a quebra de aliança entre André e Nelsinho se deu mal. O italiano se antecipou e lançou a candidatura do prefeito à governador, acenando com um futuro promissor ao deputado Mandetta.

A INCÓGNITA é o PSDB. A tática do PMDB seria de evitar atritos com Azambuja pensando no 2º turno. Mas se Azambuja engolir Vander e ir para o 2º turno? Poderia se aliar ao PT e criar uma situação inusitada. Surpresas acontecem.

RESTA ao PT fomentar a dissidência tucana e a pulverização das candidaturas. Faca de 2 gumes: pode dar certo ou passar imagem de fraqueza. Se o eleitor, que já evita votar em perdedor, pode descarregar o voto no favorito.

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