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Manoel Afonso

Costuras, buracos, vereança e repúdio

Manoel Afonso | 08/07/2016 10:57

‘MAKTUB’- (Estava escrito, tinha que acontecer) A expressão árabe imortalizada pelo escritor Malba Tahan em 1935 é usada pelo deputado Marquinhos Trad (PSD) ao prever o apoio de seu mano Nelsinho Trad (PTB) à sua candidatura à prefeito da capital. E ele prega: “O universo conspira a nosso favor”.

ATELIER - Costura-se apoios e posturas de lideranças diversas com patrimônio efetivo de votos e ainda daqueles detentores de siglas de balcão, atentos a lei do economista Adam Smith, ‘Oferta e Procura’, que quase sempre têm pouco do prometido para entregar.

DESMONTE - Apesar da tradição, o PMDB está desmilinguido. O ex-governador André Pucinelli, já não é o mesmo general de antes; na defensiva, perdeu o tom da ironia e indignação. Dúbio, inconstante, não passa mais a certeza de antes aos seus comandados fieis.

ENQUANTO - Isso aumenta o prestígio do governador Reinaldo Azambuja, fortalecendo o PSDB com seu poder de atrair, inclusive peemedebistas. Os deputados Eduardo Rocha e Marcio Fernandes confessaram ao cronista: sem André Pucinelli, o PMDB não disputará a prefeitura e admitem apoio a candidata tucana Rose Modesto.

SINCERIDADE - Ao seu melhor estilo, o deputado Eduardo Rocha justifica dizendo que hoje, o PMDB está no mesmo nível do PT por conta das denúncias de corrupção contra figuras proeminentes como os senadores Romero Juca e Renan Calheiros, José Sarney e cia. Certo ele.

OS TUCANOS - ‘Operam’ com bisturi de raio lazer; acreditam na repetição do sucesso da estratégia da campanha do governador Reinaldo Azambuja, com a candidata Rose Modesto ganhando musculatura eleitoral de forma contínua e progressiva. Esse apoio do PSB da deputada federal Tereza Cristina é significativo.

A BIOGRAFIA - Da deputada Tereza Cristina é valiosa politicamente. Tem excelente inserção nas classes A e B, até aqui reticentes quanto a definição de candidaturas. Prova-se: o governador Reinaldo tem grande estoque de agulhas, panos e linhas em seu atelier de costuras políticas.

ARMAS - O horário eleitoral trará, é claro, propostas dos candidatos. Mas o ‘tempero’ será a alusão ao aquário, buracos nas ruas, operações do Gaeco, decisões judiciais envolvendo políticos e empreiteiros que acabaram presos. Um cardápio apimentado.

‘MESTRES’ - O empresário João Amorim e o ex-deputado federal Edson Giroto deveriam escrever a 4 mãos manual de como superar dificuldades e ficar ricos em tempos de crise. Ironias à parte, as pessoas de bem, que dão duro na iniciativa privada, estão revoltadas com a postura deles.

‘SAIA JUSTA’ - A deputada Antonieta Amorim (PMDB) é poupada no escândalo de seu irmão João Amorim. Espera-se que venha a público e justifique a inclusão de seu nome como proprietária ou laranja inocente de fazenda suspeita no caso ‘Fazendas da Lama’.

APLAUSOS - Ao deputado Lídio Lopes (PEN) pela iniciativa da “Lei Harfouche’ que visa propagar o respeito no ambiente escolar e pune os alunos por mau comportamento inclusive. Aliás, lei idêntica já vigora nas escolas da nossa capital com bons frutos.

A VIOLÊNCIA - 13% dos professores agredidos e 53% ameaçados. Aluno não respeita ninguém; quebra móveis e depreda o prédio. Os pais devem sim ser chamados à responsabilidade pelos atos dos filhos, como no Japão e outros países civilizados.

ABSURDO - A proposta é criticada pelos deputados petistas Pedro Kemp e João Grandão; ignorando deveres e defendendo direitos, como se aqui fosse a Dinamarca. Ora! Se não educarmos os nossos filhos com rigor, estaremos incentivando a irresponsabilidade. 

AVISEI - Na última coluna sobre os riscos dos candidatos na relação com o eleitor indignado. O episódio na capital, com o vereador Alex do PT sendo hostilizado por moradores confirma minhas previsões. Seria apenas por ele ser do PT ou a bronca é mesmo geral?

CUSTOS - No embate pela transparência contra o prefeito Alcides Bernal, a Câmara de Campo Grande deveria dar exemplo e divulgar os salários e vantagens da vereança. Sabe-se, contudo, que os 702 servidores custariam R$ 9,9 milhões ao mês. Mais de 24 servidores para cada vereador.

A SUGESTÃO - Extensiva a todos municípios, onde aliás tem ocorrido ganhos e gastos irregulares de vereadores, afrontando a realidade econômica inclusive. Em cada cidade, o Ministério Público, deveria cobrar a divulgação do ganho dos nobres vereadores.

TRABALHAR? - Se os aposentados (trabalharam toda a vida) receberam 5% de aumento, o pessoal do Bolsa Família, (ninguém trabalha), levou 12% de aumento. Daí não é por acaso, que já descobriram mais de 10 milhões de fantasmas no tal ‘Bolsa’.

PERGUNTO - A fidelidade canina do deputado Carlos Marun (PMDB) ao seu colega Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal, desgastou sua imagem e pode trazer problemas para reeleição? E o deputado Dagoberto Nogueira (PDT), posicionando contra o impeachment da presidente Dilma - perdeu ou ganhou?

ENQUANTO - Marun é fiel ao seu grupo político, Dagoberto opta por surfar nas ondas da conveniência. Foi candidato a vice prefeito de Edson Giroto, e agora flerta com o partido dos deputados Zeca do PT e Vander Loubet.

ROBERTO CAMPOS - “Nossas esquerdas não gostam de pobre. Gostam mesmo é de funcionários públicos. São estes que, gozando de estabilidade, fazem greves, votam no Lula, pagam contribuição à CUT. Os pobres não fazem nada disso. São uns chatos...”

A PROPÓSITO - O vídeo onde o sindicalista Roberto Botareli ofende a advogada Janaina Paschoal no aeroporto de Brasília, provocou reação corajosa da deputada Mara Caseiro (PSDB), que criticou o fato e apresentou inclusive moção de repúdio ao presidente da Federação dos Professores.

O SINDICALISTA - Botareli faz o jogo do PT; tem projeto político. Lá na Assembleia Legislativa é visto comandando vaias contra a oposição ao PT. No episódio do vídeo, a bronca dele foi contra quem combate a corrupção no país. Exemplo ruim aos alunos.

“O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.” (Max Nunes)

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