De Olho na TV
DÉJÀ VU – Quando o marqueteiro Chico Santa Rita ainda jogava bolita, conheceu campanhas – e brigas homéricas – entre Adhemar de Barros e Jânio Quadros, na década de 50, em São Paulo. E, ao que parece, não esqueceu disputa pela prefeitura de Sampa em que a coordenação de Adhemar prospectou o slogan “Adhemar para prefeito. São Paulo não pode parar”.
SAPO DE FORA – Coceira de publicitário. Observando o visual das atuais campanhas, temos a impressão de que, ainda, estamos nos anos 80. O que foi novidade – ou revolução - na criação publicitária política, permanece até a atual. Sem novidades.
CANDIDATO QUE TÁ CERTO – As campanhas que vemos pela televisão, continuam baseadas no tripé discurso-pesquisas-entrevistinhas. Programa de governo dos candidatos pouco difere entre si. Pesquisas: é aquela guerra de informações de sempre. Depoimentos favoráveis de eleitores (cabos eleitorais em sua maioria) nada acrescentam e nem mudam a opinião de quem sabe em quem votará.
ADEUS PRANCHETAS – Premiações realizadas pela Rede Globo, através do nada substitui o talento, provocou uma mexida nos brios de nossos publicitários e, hoje, se conclui que alguns estão capacitados a substituir marqueteiros dos grandes centros.
VIDA QUE SEGUE – Ao sair da Globo para o SBT, Jô Soares disse ‘ter vida útil fora da Globo’. Em entrevista, Ogg Ibrahim, récem-desempregado, repetiu a mesma frase, em relação à TV Morena. Parece que estava certo.
VIDA QUE SEGUE 2 – Algum tempo depois, foi a vez da jornalista Glaura Vilalba trocar de casa. A TV MS Record passou a ser seu novo endereço, com status de contratada pela matriz da Record (em Sampa) estando à frente do MS Record - 1ª Edição.
QUARTA ESPECIAL – ‘Futebol na TV Morena, futebol na Guanandi, Ídolos Kids, na Record; Cante se Puder, no SBT’... Quem não gosta de futebol nem da anti-cultura, reclamou. E muito da pobreza da programação dessa noite.
CONTINUA A MESMA – Santos 2 X Flamengo 0. Torcedores do mengo sofreram menos; a transmissão da TV Morena começou com 67min376seg de atraso.
ENQUETE SEM COMPROMISSO – Qual será o tempo de jogo que espectadores torcedores deixarão de assistir, na próxima quarta-feira, pela retransmissora local da Globo?
O QUÊ, QUEM, QUANDO, ONDE, COMO, POR QUE? – Seria forma de salvaguardar interesses com o anunciante? Em matéria sobre intervenção na Rede Energia, (de aproximadamente dois minutos) âncora e repórter não pronunciaram o nome da empresa. Quem não é daqui, estranhou e ficou sem saber de detalhe importante.
QUALIDADE NO AR – Jornalista Roberto Chamorro dando ar da graça e qualidade ao noticioso da manhã, na FM UCDB, direto de Brasília.
EXEMPLO A SEGUIR – Na ‘guerra’ pela audiência (com qualidade), em São Paulo, as rádios Jovem Pan e Bandeirantes brigavam por melhor colocação no Ibope do radiojornalismo. Um dos golpes da primeira deu excelentes resultados: em plena época de eleição – e com a guerra das pesquisas - a emissora consultava sobre a preferência do eleitor, no ar e ao vivo. Ao final do programa, a cada dia, dava o resultado da pesquisa. Resultado: campeã no horário.
BASE LEGAL – No ar e ao vivo, não havia margem à dúvidas, possível manipulação de resultado nem preferência declarada por um ou outro candidato. Vale a dica para colegas ávidos por colar pesquisas e audiência no mesmo tacho.
UM DIA CHEGA – Quem faz programa de rádio sabe: uma hora apenas não é tempo suficiente para nenhuma atração de qualidade e executada com competência por seus titulares.
DO FUNDO DA ARCA
Um abraço, Pinheiro Tolentino.